Chico Mendes Vive! Eu Resisto!

Chico Mendes Vive! Eu Resisto!
Por  Maria Meirelles
Hoje, 22 de dezembro, faz 30 anos que mataram Chico Mendes. , seringueiro, ambientalista, humanista, pai, amigo, irmão, o acreano Chico foi assassinado por defender um sistema de distribuição de justo, por apostar numa política de , visando a e uso sustentável da amazônica e a proteção e união das populações que nela vivem.

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Toda Camiseta da Loja Xapuri é uma declaração de , uma expressão de solidariedade, um compromisso com a .

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Passadas três décadas, eles, defensores do capital selvagem e de sistemas não democráticos, continuam nos matando, mas, jamais conseguirão silenciar nossas lutas. Na sexta-feira, 21, João Maria Figueiredo (petista) foi assassinado com sete tiros na cabeça, em Natal (RN). Sua sentença? Defender e fazer parte de um grupo antifascista. Em abril deste ano, a vereadora Marielle Franco (PSOL) e o seu motorista, Anderson Gomes, também foram vítimas daqueles que acham que derramando o nosso sangue serão capazes de calar nossas vozes.
O ex-presidente permanece preso, nem entrevista pode conceder. Sem provas concretas, Lula foi condenado por ter tirado milhares de brasileiros e brasileiras da linha da extrema pobreza, por ter oportunizado e realizações e apostar em um Brasil mais plural. Enquanto isso, os responsáveis pela morte de Chico, Marielle, Anderson, João Maria e tantos outros companheiros e companheiras, permanecem soltos tramando formas de nos amordaçar.
Mas, não adianta, como bem disse Chico, “nós não tememos a morte, porque se matam um de nós, temos cem, duzentas, trezentas lideranças para tocar o trabalho para a frente. Hoje tem milhares de Chico Mendes e outros companheiros”.

CHICO VIVE!
EU RESISTO!
#ChicoMendes30anos #ChicoVive #MarielePresente #LulaLivre
ANOTE: Da página de Maria Meirelles no Facebook.
A seguir, a Carta de Xapuri, lida pela atriz Lucélia Santos no encerramento do Encontro Chico Mendes 30 Anos.


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Leia a Revista Xapuri – Edição Nº 81


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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