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Lula anuncia conquistas para a classe trabalhadora

Primeiro de maio: Lula anuncia conquistas para a classe trabalhadora 

Em seu primeiro discurso televisionado pelos veículos oficiais, em ao dia do trabalhador e da trabalhadora, o presidente relembra conquistas no e reafirma compromisso do Governo Federal com a classe trabalhadora, entendendo-a como parte do processo de reconstrução nacional. 
 
Por Arthur Wentz e Silva/
 
No dia 30 de abril,  véspera do dia do trabalhador e da trabalhadora, o realizou seu primeiro discurso para a classe trabalhadora.
 
O tom simbólico e o discurso firme, marcas da oratória do presidente, anunciaram o interesse em retomar os diálogos do Planalto com a classe trabalhadora, que após seis anos se via afastada das principais discussões que permeiam a luta política no país.
 
 Lula se lembrou dos diversos nichos de trabalho do século XXI, mencionando a importância destes para consolidação de um país forte, rico e autônomo: “Não importa a profissão ou o local de trabalho. O importante é que vocês são os responsáveis pela geração da riqueza do Brasil”.
 
Destacou os anos de retrocesso vividos pelos trabalhadoras e trabalhadores do Brasil nos últimos seis anos e se comprometeu em tratar com prioridade a recomposição dos direitos duramente conquistados bravamente pela atuação do movimento sindical no país.  
 
Com isso, anunciou para a classe trabalhadora a atualização do salário mínimo, que passa a valer R$1.320 reais para trabalhadores da ativa, aposentados e pensionistas. O presidente acredita ser um aumento pequeno, mas reforçou que trata-se de um reajuste “real, acima da inflação, pela primeira vez depois de seis anos”. Lembrou ainda sobre a importância do encaminhamento do Projeto de Lei que torne permanente os reajustes acima da inflação.
 
Acerca da faixa de isenção do imposto de renda, congelada a oito anos em R$1.903, comunicou que valores de até R$2.640 reais mensais receberão a isenção. o presidente advertiu ainda que a meta é que até o fim do mandato, a isenção venha a valer para até R$5 mil reais mensais.
 
Ao encerrar seu discurso, Lula ressaltou a importância de valorização da classe trabalhadora para a reconstrução do Brasil. O presidente reafirmou, ainda, que o dia instrumentalizado como um dia de luta, voltará a ser um dia de conquistas para o povo trabalhador.
 
Arthur Wentz e Silva: Estagiário da Revista Xapuri. Capa: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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