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O IFCSC luta pela preservação da Memória e Cultura Indígena.

O IFCSC luta pela preservação da Memória e Indígena.

IFC Inaugurou Memorial Indigena.

Por Edemir José de Oliveira – Jornalista-3496/SC – Assessor de Comunicação
 

O Instituto Federal Catarinense – Campus Rio do Sul – inaugurou no dia 11/12/2019 as 14 horas, o Memorial da do Alto Vale do Itajaí.

A atividade foi realizada na Unidade Sede, situada na Estrada do Redentor, na Serra Canoas. Esta iniciativa histórico-cultural foi desenvolvida através de projeto contemplado com 30.000,00(trinta mil reais), na edição de 2018 do Prêmio Nodgi Pellizzetti de Incentivo à Cultura, que é hoje o principal mecanismo para possibilitar a realização de projetos culturais no município.

O Projeto idealizado pela direção do campus com início em dezembro de 2018, foi apoiado pelo ex-presidente da Associação de Pais e Professores (APP), do IFC, professor Daniel Schwamback e senhor Jonas Felacio Junior, membro da Comissão de Cultura e segundo secretário da APP.

Na inauguração do Memorial o servidor Laércio de Souza realizou o protocolo com a presença das seguintes autoridades: Professor Ricardo Veiga – diretor geral do IFC , Rafael Tschumi – diretor-executivo da Fundação Cultural de Rio do Sul, Catia Dagnoni – Diretora do Departamento de História, Memória e Documentação da Fundação Cultural de Rio do Sul,Professor Ernani José Schneider – Supervisor Regional de de Rio do Sul, professora Éden Luciana Boing Imhof representando o Reitor da Unidavi e Leonardo Alexandre Visentainer – atual presidente da APP do IFC. Cabe resaltar que durante toda a execução do projeto a direção geral e a APP do IFC, estiveram sempre acompanhando e dando suporte para que a comunidade Riossulense recebesse o Memorial da Cultura Indígena.

Fonte: IFC-SC

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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