O mito de Begorotire, o homem-chuva
Diz a lenda que Begorotire era um jovem caçador Kayapó que vivia feliz em sua aldeia. Um dia, porém, Begorotire se sentiu injustiçado na divisão da caça e decidiu deixar sua comunidade.
Por Redação/Portal dos Mitos
O jovem guerreiro cortou os cabelos da esposa e da filha e as pintou com a tintura preta do jenipapo e decidiu sair com sua família em busca de um novo lugar para viver.
Em seguida, Begorotire cortou um pedaço de madeira pesada e fez a primeira borduna do povo Kayapó, com o cabo trançado em preto e ponta tingida com o sangue vermelho de uma de suas caças.
Pronto para a guerra, o jovem subiu até o topo de uma montanha e, a plenos pulmões, começou a gritar. Seus gritos eram tão fortes que pareciam trovões. Da ponta de sua borduna, saíram relâmpagos. Entre o barulho e as luzes, Begorotire subiu aos céus.
Assustados, os indígenas atiraram suas flechas, mas não conseguiram impedir que Begorotire desaparecesse no firmamento. Surpresas, as nuvens começaram a derramar chuva do céu. Foi aí que Begorotire se tornou o homem-chuva para o povo Kayapó
Begorotire é um deus da chuva, dos grãos e da abundância da tribo Kayapó. De acordo com a lenda, ele era um índio da tribo que certo dia decidiu ir embora de sua aldeia e buscar um novo local para viver, após se sentir injustiçado com a divisão de uma caça.
Ele cortou o cabelo da esposa e da filha, pintou toda a família com uma tinta preta feita com jenipapo e criou a primeira borduna Kayapó (um tipo de porrete).
Levando toda sua família, Begorotire subiu no topo de uma montanha, e com sua raiva, começou a gritar, levantando sua borduna. Seus gritos foram tão intensos que soaram como trovões, da ponta de sua arma irromperam raios.
Fonte: Portal dos Mitos. Com edições de Zezé Weiss.