O óleo no litoral nordestino foi um mero acidente? 

O óleo no litoral nordestino foi um mero acidente? 

Não tenho provas mas tenho a convicção (Royalties para Dallagnol) que o óleo no litoral nordestino não foi um mero acidente

Valter Xéu*

Sei não, mas algo me diz que esse nas praias nordestinas cheira mal, em todos os sentidos. Até agora, essa está mal contada e deve continuar assim com as falácias de que é óleo venezuelano e com muitos acreditando que, apesar de não existirem correntezas marítimas da Venezuela para cá e sim, daqui para lá, muitos sem nenhum tipo de análise fundamentada, ignoram isso e haja demonizar o pais vizinho.

Me intriga o porquê de um petróleo derramado – e pode ter sido acidentalmente – justamente em costas nordestinas.

Bolsonaro odeia o onde foi fragorosamente derrotado, odeia os nordestinos e logo por coincidência, justamente na região que ele odeia, aparece uma mancha de óleo com prejuízos estratosféricos para toda a região ao enfraquecer o turismo local.

Seria mesmo um acidente?

Ou esse óleo foi derramado propositadamente?

Não sei, mas vou usar aqui um termo que o escroque Dallagnol usou para condenar Lula.

Não tenho provas mas tenho a legítima convicção de que esse óleo foi proposital.

Analisem com esse escrevinhador.

Os governantes da região são simpatizantes do governo de Maduro que Bolsonaro e seu bando tanto demonizam.

Um “acidente” com altos prejuízos que por certo afetaria a da região, levaria outra parte do que sempre vota na , a uma demonização do governo venezuelano e etc. e tal.

O derramamento do petróleo poderia acontecer um outras partes do litoral brasileiro, mas veio acontecer justamente em pleno litoral nordestino.

O próprio Bolsonaro foi às pressas falar para a mídia que era petróleo venezuelano. O que foi dito também por um certo técnico da Petrobras.

Ora! Ora! De um governo que se elegeu em cima de notícias falsas, em nada duvido de que as informações sobre  o óleo nas praias nordestinas dadas pelo governo, são todas produtos de que é o que mantém o governo na mídia e nas redes sociais.

Serviços de inteligência do governo e aqui volto a Dallagnol, – não tenho provas, mas sim convicção – podem ter arquitetado tudo sob as ordens do ex-capitão e da milicada encastelada em seu governo.

Desse governo mentiroso podemos esperar de tudo, menos sinceridade no que diz.

Portanto, óleo nas praias do Nordeste cheira a armação do Planalto.

Não tenho provas, mas tenho convicção.

Em :

Apareceu um barril de petróleo da Shell em e sem muita frescura como as análises da Petrobras, a Federal de Sergipe fez uma do óleo e, de imediato, descobriu que não é do tipo produzido na Venezuela.

Caso o governo tivesse encontrado esse barril, com certeza, a logomarca da Shell seria apagada e nele colocada a da PDVSA a estatal do petróleo da Venezuela.

Fonte: Pátria Latina

*Valter Xéu é diretor e editor de Pátria Latina

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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