O ouro de Rebeca

O ouro de Rebeca

Rebeca Andrade, ouro nas Olímpiadas, iniciou carreira no esporte em projeto do PT; petistas comemoraram a medalha inédita

Por Heber Carvalho/

A conquista da medalha de ouro pela ginasta brasileira Rebeca Andrade, na final do salto nas Olimpíadas de Tóquio 2020, ocorrida neste domingo (1), foi comemorada por parlamentares do PT nas .  Deputadas e deputados petistas ressaltaram o ineditismo da vitória, não só pelo ouro olímpico, mas também pelo fato de a conquista ter ocorrido com uma mulher negra, de humilde e que começou a praticar o esporte em Guarulhos (SP), em um projeto criado na gestão do ex-prefeito petista Elói Pietá.

A ginasta já havia ganho a medalha de prata no individual geral da ginástica na última quinta-feira (29), em uma apresentação quase perfeita ao som da música “Baile de ”, lançada em 2015 por MC João. Nesta segunda-feira (2), a atleta disputa mais uma medalha na final do solo, também se apresentando ao som do “Baile de Favela”.

De Guarulhos para o

O deputado Alencar Santana Braga (PT-SP) escreveu que “a favela brilha de novo nas Olimpíadas” com a conquista do ouro por Rebeca Andrade. O parlamentar ressaltou que está feliz pela conquista da atleta, “ainda mais por ser uma guarulhense que vi treinar nos anos iniciais no Ginásio Bonifácio Cardoso, durante os governos petistas na cidade”.

“A ginasta começou carreira aos 4 anos no Projeto Iniciação Esportiva de Guarulhos, com treinamentos no ginásio municipal Bonifácio Cardoso. Começou e se formou durante os governos petistas. Por mais investimento no esporte, para que possamos ver mais Rebecas por aí!”, afirmou.

As deputadas do PT também comemoraram a conquista. A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) disse que “a da Rebeca é inspiração” para outras meninas iniciarem no esporte. “A primeira medalha de ouro do Brasil na ginástica feminina veio de mulher negra. Isso mostra, mais uma vez, que somos potência! Que seja apenas o início e mais atletas como ela sejam fortalecidas para brilharem”, disse.

Rebeca traz felicidade e  

Já a deputada Maria do Rosário (PT-RS) disse que Rebeca “é gigante” e mais uma vez “traz felicidade e esperança nesses tão duros”. “Mulher, negra, brasileira! Você é ouro, não é fraquejada. Fraco é quem não vê sua força! Agora, vamos te ver no baile de favela, Rebeca Andrade”, escreveu.

Ao também enaltecer a medalha da ginasta brasileira, Erika Kokay (PT-DF) disse que Rebeca “faz história nas olimpíadas e é um orgulho para o Brasil”. “Nesses tempos tão sombrios, nos enche de alegria e esperança. Voa, maravilhosa!”, afirmou.

Já a deputada Natália Bonavides (PT-RN) também parabenizou Rebeca Andrade pela conquista. “É ouro, Brasil! Rebeca Andrade, que orgulho!! Que emoção!”, disse.

Henrique Fontana (PT-RS) celebrou a vitória, citando a ativista estadunidense Angela Davis: “Quando a mulher negra se movimenta, toda a estrutura da sociedade se movimenta com ela”. Fontana assinalou que Rebeca é “um orgulho pra todos nós”.

Medalha histórica

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Miriam Jeske/COB

A participação de Rebeca Andrade nas Olimpíadas de Tóquio 2020 já entrou para a história do esporte brasileiro. É a primeira vez que o Brasil ganha uma medalha de ouro na ginástica e a primeira vez que uma atleta brasileira pisa no pódio mais de uma vez na mesma olimpíada.

Entre outros parlamentares, também parabenizaram a atleta Rebeca Andrade pelo ouro olímpico os deputados petistas Afonso Florence (BA), Alexandre Padilha (SP), Carlos Veras (PE), Carlos Zarattini (SP), Enio Verri (PR) , José Guimarães (CE), Helder Salomão (ES), Léo de Brito (AC), Nilto Tatto (SP), Odair Cunha (MG), Padre João (MG), Paulo Pimenta (RS), Paulo Teixeira (SP), Uczai (SC), Rubens Otoni (GO) e Zeca Dirceu (PR). 

Texto: PT Na Câmara.  Foto: Foto : Miriam Jeske/COB


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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