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“O senhor respeite o povo nordestino!”

“O senhor respeite o povo nordestino!”

“Paraíba masculina mulher macho sim senhor
Eta pau pereira que em princesa já roncou” – Luiz Gonzaga 

Não é recaída, continuo feminista. Mas Mexeu com o Nordeste, Mexeu Comigo. E, penso eu, um jeito de encher a paciência do mundo bozo, ao mesmo tempo em que presto homenagem e me solidarizo com o bravo povo nordestino, é cantar a canção do mestre Lua: “Paraíba masculina”, esse modão das antigas que  já fez e faz muito bucho relá no arraiá. Só pra matar de inveja quem não cabe na valentia da nação nordestina. 

Pra começar, a indignação com os xingos do presidente aos “paraíbas” não é só minha, o protesto vem de todo lado e se esparama como fogo em mato seco.

Alcione: ‘O senhor respeite o povo nordestino'

​Alcione, a cantora que a se autodenomina “a marrom , vestiu a camisa de seu estado, o , gravou um vídeo e  e partiu pra cima: “Presidente Bolsonaro, eu não votei no senhor e não me arrependo”, iniciou. “Eu sou uma brasileira que não torço contra o governo, não sou burra. Eu sei que se torcer contra, estou torcendo contra o meu país. Mas o senhor precisa respeitar o povo nordestino”
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Bruna Surfistinha: ‘Me chame de puta, mas não me chame de bolsominion”Bruna Surfistinha, ou Raquel Pacheco,  autora do best-seller “O Doce Veneno do Escorpião — O Diário de uma Garota de Programa”, que também deu origem ao filme “Bruna Surfistinha” nos cinemas,  que um dia foi garota de progama, partiu pro deboche nas redes sociais:  “Me chame de puta, mas não me chame de ‘bolsominion', pelo amooor de Deus!”, escreveu ela em seu microblog.
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Bruna Surfistinha@BSurfistinha
Bruna Surfistinha
Bruna Surfistinha – Divulgação
 
 

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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