O silêncio que se escuta
Padre Joacir d’Abadia O silêncio é um barulho que os místicos e os ascetas conseguem escutar. É o som que brota do interior do ser humano que busca elevar seu espírito sem, segundo Mansur Challita, “medo de curvar-se diante do desconhecido e do sobrenatural e de conhecer a força e a beleza das aspirações elevadas que resistem às seduções da terra” .
Os Mestres da lei e os Fariseus ficaram em silêncio diante da cura que Jesus Cristo operou na vida de um hidrópico (que tem acúmulo de líquido em tecidos e cavidades do corpo): “Mas eles ficaram em silêncio… E eles não foram capazes de responder a isso” (cf. Lc 14,1-6).
Foi um silêncio que superou o preconceito da norma que escravizava um povo, por isso que “não podemos impedir a nossa mente de olhar, maravilhada, para um cego que recuperou a visão ou um paralítico que ainda, sem que nossa razão ou nosso saber possam explicar esses acontecimentos” (Mansur Challita ), necessita de uma cura.
Foi um silêncio que superou o preconceito da norma que escravizava um povo, por isso que “não podemos impedir a nossa mente de olhar, maravilhada, para um cego que recuperou a visão ou um paralítico que ainda, sem que nossa razão ou nosso saber possam explicar esses acontecimentos” (Mansur Challita ), necessita de uma cura.
O silêncio espiritual serve, todavia, como purificação. “Por conseguinte, para o homem que pretende libertar-se do seu próprio “eu” é esperada uma árdua luta. Esta luta é entre o “eu” que pertence ao mundo com o “Eu” superior e ideal que possibilitará ao homem apresentar-se diante de Deus. Neste esforço, tal como declarou Jesus Cristo, o homem deverá submeter-se a si mesmo como também seus atos a um rigoroso exame. É necessário abandonar muitos bens mundanos para obter o tesouro celestial e submeter-se à prova do sofrimento para purificar sua vontade” (Panayiotis Christou) .
Nesta luta contra todos os ditames deste mundo barulhento, caminha o sacerdote no silêncio que se perde na superação do preconceito: “Perdia-se em Deus como um rio se perde no mar”, nos ensina o admirador do monástico São Charbel (1828-1898), Paul Daher . O silêncio, portanto, permite ao homem voltar-se a si mesmo descobrindo sua grandeza frente ao mistério de sua purificação.
Nesta luta contra todos os ditames deste mundo barulhento, caminha o sacerdote no silêncio que se perde na superação do preconceito: “Perdia-se em Deus como um rio se perde no mar”, nos ensina o admirador do monástico São Charbel (1828-1898), Paul Daher . O silêncio, portanto, permite ao homem voltar-se a si mesmo descobrindo sua grandeza frente ao mistério de sua purificação.
Bibliografia
Challita, Mansur. São Charbel (1828-1898). Brasília-DF: Gráfica Charbel, p. 2.
Id. p. 01.
Christou, Panayiotis. A vida monástica na Igreja Ortodoxa. Tradução: Pe. Paulo Augusto Tamanini. https://www.ecclesia.com.br/ biblioteca/monaquismo/a_vida_ monastica_na_igreja_ortodoxa_ oriental.html acessado dia 29 de julho de 2020 às 10h42.
Challita, Mansur. São Charbel (1828-1898). Brasília-DF: Gráfica Charbel, p. 8.
Challita, Mansur. São Charbel (1828-1898). Brasília-DF: Gráfica Charbel, p. 2.
Id. p. 01.
Christou, Panayiotis. A vida monástica na Igreja Ortodoxa. Tradução: Pe. Paulo Augusto Tamanini. https://www.ecclesia.com.br/
Challita, Mansur. São Charbel (1828-1898). Brasília-DF: Gráfica Charbel, p. 8.
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