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ONU e Brasil buscam soluções para a poluição plástica

ONU e Brasil buscam soluções para a poluição plástica

A ONU e o governo brasileiro tentam elevar o apelo para que governos, cidades e empresas invistam e implementem soluções para acabar com a poluição plástica no país.

Por Eliz Brandão/Portal Vermelho

Com o tema “O Brasil em Busca de Soluções para a Poluição Plástica”, o evento realizado nesta terça-feira (6), no auditório Renato Archer, em Brasília, contou com a participação de representantes governamentais, da sociedade civil e do setor empresarial. O evento foi promovido em razão ao 50° Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado no dia 5 de junho.

Promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), os debates resultaram no alerta que toda a sociedade precisa se envolver para eliminar a poluição plástica para a manutenção da vida na terra, nos rios e oceanos.

A meta mundial da organização é que até 2040 seja reduzido pelo menos 80% da poluição plástica no planeta. Além disso, os debates percorreram sobre a situação atual, traçou perspectivas e alternativas para eliminação da poluição plástica em nosso país.

A mesa de abertura dos debates contou com a presença da ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, representante do Pnuma no Brasil, Gustau Máñez Gomis e, representando a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos que estava em agenda com o presidente Lula em Pernambuco, participou o secretário para Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, entre outros.

Em sua fala, a ministra Marina Silva ressaltou a necessidade de implementar as políticas públicas voltadas à redução do consumo de plástico no Brasil. “O plástico não conhece fronteiras geográficas. Por isso, é preciso que as nações se unam na missão de reduzir o consumo e a produção de embalagens, garrafas, canudos e tantos outros itens feitos com esse material que é nocivo ao meio ambiente e ao planeta, e que pode gerar danos por séculos”, disse.

Representante do Pnuma no Brasil, Gustau Máñez Gomis contou que mais de 400 milhões de toneladas de plásticos são consumidas no mundo e esse material leva mais de 300 aos para se decompor na natureza. “Por isso, e, cada vez mais, tem causado estragos significativos ao meio ambiente e até à nossa saúde. Há micropartículas de plástico sendo encontradas no leite materno, nos pulmões e no sangue. Com o empenho mundial, utilizando das tecnologias que dispomos hoje, é possível que até 2040 consigamos reduzir 80% da poluição plástica no mundo”, pontuou.

O secretário do MCTI, Henrique Miguel, destacou que já há ações voltadas para reduzir a poluição nos oceanos e reafirmou o compromisso da pasta com a agenda de preservação ambiental. “Entendemos que o MCTI tem papel fundamental ao fomentar o desenvolvimento de materiais compostáveis alternativos ao plástico e, por isso, tem apostado em iniciativas. Uma delas é o estabelecimento do Comitê de Especialistas Rede Oceano sem Plástico, que tem como objetivo assessorar o Ministério”, ressaltou.

Neste caso, é preciso estudar a cadeia produtiva do plástico, promover soluções para o descarte e substituição do plástico, educar sobre o consumo consciente, combater a poluição marinha, reduzir os impactos sobre a biodiversidade, e fornecer posicionamentos nacionais e internacionais na área, disse o secretário.

Fonte: Portal Vermelho  Capa: Rodrigo Cabral/MCTI /MCTI


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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