Pacha Mama: A Mãe Terra da Cultura Andina
Para os povos andinos, herdeiros da civilização Inca, da Bolívia ao Peru ao Equador, do noroeste argentino ao extremo norte do Chile, Pacha Mama, ou Pache Mama, ou PachaMama, simboliza a Mãe Terra, provedora do sustento e do alento necessários para manter a vida em harmonia neste nosso planeta Terra.
Por Zezé Weiss
De Aymará, seu nome, entretanto, vem do quéchua: termos mama (mãe, maternidade) e pacha (o tempo e o espaço, a terra, o divino, o sagrado) se fundem em uma só palavra-conceito, para expressar o sentido mais amplo e profundo da deidade máxima da cultura andina.
Força suprema do feminino, como Mama ela reúne em seu seio os poderes maternos, em especial o de doar alimentos aos seres vivos, seus filhos e filhas. Como Pacha, ela controla o tempo e os movimentos do Universo. Ela pode ser o dragão da montanha causando terremotos ou uma anciã que vive serena na floresta, como o próprio corpo da Terra.
Deidade suprema, os andinos a honram como: Mãe – das montanhas e dos povos que nelas vivem; Senhora – dos frutos, dos rebanhos, da fertilidade e de todos os bens da natureza; Guardiã – contra as pragas, as geadas e os males do mundo; Protetora – nas caçadas, nas viagens, nas aventuras; e Padroeira – da agricultura, da tecelagem e de uma infinidade de rituais espontâneos e de cerimônias tradicionais, sempre cuidadas por mulheres.
Zezé Weiss – Jornalista Socioambiental.