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PFE VÊ ABUSO DE PODER DE GOOGLE E TELEGRAM CONTRA PL DAS FAKE NEWS

PFE VÊ ABUSO DE PODER DE GOOGLE E TELEGRAM CONTRA PL DAS FAKE NEWS

De acordo com a Polícia Federal, as empresas estariam envolvidas em uma campanha difamatória para prejudicar a imagem do projeto.

Por Redação/Mídia Ninja

Google e Telegram atuaram com abuso de poder econômico e manipulação de informações durante o debate sobre a votação do PL das Fake News, que busca criminalizar a divulgação de conteúdos falsos e exige regras transparentes de moderação de conteúdos por parte das plataformas. Foi o que concluiu o inquérito da Polícia Federal.

De acordo com os investigadores, as empresas estariam envolvidas em uma campanha difamatória para prejudicar a imagem do projeto, visando influenciar negativamente a opinião pública e pressionar os parlamentares.

O Google negou veementemente as acusações, afirmando que não realizou qualquer campanha difamatória e que não se opõe à criação de leis que regulamentem os serviços de aplicações de internet. A empresa ressaltou seu compromisso com a transparência e o combate às informações falsas.

Por sua vez, o Telegram argumentou que publicou um texto opinativo para esclarecer pontos considerados controversos no projeto. Alegou que o texto era lícito, legítimo e alinhado ao direito de expressão de opinião, bem como ao dever de informação.

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB), relator da PL das Fake News, pretende apresentar ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) um panorama sobre todas as negociações sobre o texto do projeto, e apresentar o texto ainda neste semestre.

O Google chegou a apagar da página principal de seu mecanismo de busca na internet a afirmação que “O PL das Fake News pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no ”. A retirada do link da página inicial do mais popular mecanismo de buscas da internet foi feita pouco após a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, determinar que o Google começasse a cumprir, tão logo notificada, uma série de medidas cautelares para corrigir “indícios” de que está censurando o debate público sobre o PL 2630.

Fonte: Mídia Ninja. Foto de capa: reprodução.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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