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POLÍCIA INVESTIGA SE OURO APREENDIDO COM VALDEMAR COSTA NETO FOI EXTRAÍDO DE TERRA INDÍGENA

POLÍCIA INVESTIGA SE OURO APREENDIDO COM VALDEMAR COSTA NETO FOI EXTRAÍDO DE TERRA INDÍGENA

Teste de DNA vai determinar região de origem de 39 gramas de ouro, apreendidos durante a operação que investiga uma organização criminosa que pretendeu dar um golpe para manter Jair Bolsonaro na presidência.

Por Redação/Mídia Ninja

Uma pepita de ouro, pesando 39,18 gramas e com um grau de pureza de 95,26%, foi apreendida pela Polícia Federal durante busca e apreensão na casa de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Jair Bolsonaro, que teve de entregar o passaporte para as autoridades. Os dois estão sendo investigados por crimes de atentado violento ao Estado Democrático de Direito, e tentativa de golpe de Estado.

A perícia da PF confirmou a autenticidade do ouro apreendido e agora se volta para determinar sua origem, inclusive investigando se foi extraído ilegalmente de . Esse processo inclui a realização do DNA do ouro encontrado.

Além da posse irregular da pepita de ouro, as autoridades também encontraram uma arma ilegal, um revólver calibre 38, no mesmo endereço. A arma, registrada em nome do filho de Costa Neto e com a documentação vencida, levou à prisão do político por posse ilegal de arma de fogo e também por usurpação mineral. Não há previsão de fiança para os crimes imputados.

Essa ação da PF faz parte de uma investigação mais ampla que visa apurar uma tentativa de golpe de Estado durante as eleições de 2022, envolvendo não só Costa Neto, mas também o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e militares.

Até o momento, Valdemar Costa Neto permanece detido.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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