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PRODUTOS DO COTIDIANO QUE CAUSAM DANOS AO MEIO AMBIENTE

Conheça alguns produtos do cotidiano que ameaçam o

Itens básicos presentes à nossa vida parecem inofensivos e bons aliados ao nosso dia-a-dia, porém, para o meio ambiente, impactam de forma nada colaborativa

Por: Vanessa de Oliveira – pensamentoverde

Parte dos protetores solares que cuidam da pele contém substâncias altamente prejudiciais ao meio ambiente. A mais nociva é a oxibenzona, componente encontrado também em protetores labiais, hidratantes e máscaras para cílios.

Diversos estudos alertam para o fato de que o produto químico estaria causando grandes danos aos recifes de coral e ameaçando a sua existência. Diante das constatações, o Havaí decidiu banir o uso de protetor solar em seu território, como uma tentativa de barrar a situação.

Um dos efeitos do oxibenzona é o branqueamento dos corais, fazendo-os perder as variadas e encantadoras que enchem os olhos de que os vêem. A substância causa, ainda, danos ao DNA do coral bebê, fazendo com que ele se enclausure em seu próprio esqueleto, levando-o  à .

Produto essencial à pele, opte por filtros solares livre de oxibenzona, assim como PABA, retinil palmitato e parabeno.

Veja outros itens não tão amigáveis com o meio ambiente.

Abacate

A organização holandesa Water Footprint Network, cuja bandeira é a conscientização pelo uso mais eficiente da água, calculou que, para cultivar um único abacate, são necessários cerca de 272 litros de água.

Segundo a instituição, os efeitos disso são devastadores para as regiões onde a fruta é cultivada.

Em 2011, uma investigação conduzida por autoridades de água no Chile encontrou, pelo menos, 65 ções de abacate que desviavam ilegalmente rios e outras fontes de água para irrigação.

Há quem atribua à esses agricultores uma forte que atingiu a área e forçou moradores a escolherem entre usar a água para beber ou tomar banho.

Abacaxi

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O abacaxi é outra fruta que impacta o meio ambiente por ser cultivada a um ritmo que, em algumas partes do mundo, está afetando negativamente o planeta.

Na Costa Rica, por exemplo, que é um dos maiores produtores mundiais de abacaxis, milhares de hectares de florestas foram desmatados para o cultivo.

Segundo a Federação de da Costa Rica, florestas inteiras desapareceram rapidamente, causando danos irreversíveis.

Os abacaxis são produzidos em grandes monoculturas — a produção intensiva de um único cultivo — e exigem uma grande quantidade de pesticidas, que também podem ser prejudiciais ao meio ambiente.

Produtos de higiene

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White soap in a man’s hand on a green background. Concept of hygiene and body care.

No shampoo, batom, detergente para roupa, sabonete e pasta de dentes há a presença do óleo de palma, um dos óleos vegetais mais eficientes e versáteis, mas cujo uso generalizado levou a um significativo.

Em um relatório de 2018, o grupo de conservação WWF alertou que a transformação de florestas tropicais e turfeiras em plantações de óleo de palma liberou “enormes quantidades de dióxido de carbono, contribuindo com as mudanças climáticas e destruindo o habitat de espécies como os orangotangos”.

O óleo de palma também está presente em produtos comestíveis, como chocolate, margarina, sorvete, pão e biscoitos.

Aromatizantes

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Horizontal blur wallpaper with cosmetic lavender. Detailed image of violet medicine flower for spa.

Se no ambiente externo a  degrada o meio ambiente, em casa, produtos domésticos também têm efeitos negativos para a qualidade do ar.

Os aromatizantes, por exemplo, muitas vezes contêm uma substância química chamada limoneno, usada para dar um perfume cítrico ao ambiente, e também é usado em alimentos.

Um experimento realizado pela BBC identificou que quando o limoneno reage com o ozônio presente no ar, produz formaldeído — um dos produtos químicos de uso atual mais comuns e cercados de riscos. Segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do de ), a exposição a altas concentrações desse produto pode causar falta de ar, salivação excessiva, espasmos musculares, coma e eventualmente a morte.

O formaldeído também é considerado cancerígeno para humanos.

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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