Reservas Extrativistas: um achado para o meio ambiente e para os povos da floresta
Em 1985, aconteceu em Brasília o I Encontro Nacional dos Seringueiros, e foi lançada a proposta das Reservas Extrativistas, um achado.
Por Gomercindo Rodrigues
Para os ambientalistas que defendiam a preservação da floresta só com discurso, sem ter projeto, enquanto governo fazia o “desenvolvimento” da Amazônia com discurso, projeto, e dinheiro para financiar a devastação através do Banco da Amazônia, agora havia uma bandeira, um “modelo de desenvolvimento” sustentável para defender: as Reservas Extrativistas dos seringueiros.
A partir do Encontro de Brasília [em 1985], a Amazônia passou a ter dois projetos distintos: um, de governo e da pecuária, e outro, dos Povos da Floresta, com apoio dos ambientalistas.
Os seringueiros dizendo: “Queremos as nossas áreas como as dos índios, com a terra sendo da União e a gente tendo o direito do usufruto sem ser para destruir”.
Alguém disse: “Vocês não são índios, vocês são extrativistas”. Ali, no Encontro, surgiu a “Reserva Extrativista” como expressão de uma proposta que partiu dos seringueiros.

Gomercindo Rodrigues – Advogado. Ambientalista. Amigo de Chico Mendes. Conselheiro da Revista Xapuri. Foto: Divulgação.
“O Sindicato das Bancárias e dos Bancários de Brasília parabeniza o Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS) pelos 38 anos do lançamento da proposta das Reservas Extrativistas para o Brasil e para o mundo. Longa vida às Reservas Extrativistas!”
