Serpentário
Por Carol Proner via Brasil247
“Seres humanos não precisam concordar entre si, mas comemorar o sofrimento alheio é perder de vez a humanidade”, disse o ex-Presidente Lula na manifestação de solidariedade à jornalista Miriam Leitão, que foi vítima de ataques fascistas por parte do deputado Eduardo Bolsonaro.
A jornalista agradeceu, dizendo que a manifestação de Lula reflete “valores fundamentais da democracia, o respeito entre pessoas, mesmo quando divergem, e a empatia que deve prevalecer entre seres humanos”.
O filho da jornalista, Matheus Leitão, também agradeceu com as seguintes palavras: “presidente, muito obrigado. Como filho, me emociono. Sua voz branda e firme é muito importante para o país neste momento”.
Esta, sabemos, não é a primeira fala que remete à violência contra as mulheres. A misoginia e a perversidade sexual presentes na “cultura do estupro” fazem parte do manual político do fascismo bolsonaristas. Ninguém pode dizer que se surpreende, e as mulheres têm demonstrado sua rejeição nas sondagens eleitorais.
Este é um episódio simbólico do que veremos daqui para a frente, nos meses que antecedem as eleições deste ano, a polarização entre política e antipolítica, ou a política adversarial versus a política do inimigo.