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SOLIDARIEDADE: LULA MOBILIZA BILHÕES PARA O RS

SOLIDARIEDADE: LULA MOBILIZA BILHÕES PARA O RS

SOLIDARIEDADE: MOBILIZA BILHÕES PARA O RS

Dados recentes, divulgados pela  pela Defesa Civil do , estampam o triste saldo da catástrofe climática que assola o Rio Grande do Sul desde o final de abril:  446 municípios impactados pelas inundações;  79,4 mil pessoas em abrigos; 538 mil pessoas  desalojadas; 2,1 milhões de pessoas afetadas; 149 pessoas mortas, 806 pessoas feridas e 112 pessoas desaparecidas. Felizmente, 76,4 mil pessoas foram resgatadas, e cerca de 11 mil animais também foram resgatados. 

Por Maria Letícia Marques 

Ante tamanha tragédia, o brasileiro se uniu em um grande movimento solidário para, de imediato, aliviar a dor da população gaúcha. Por todo o Brasil, pessoas, famílias, grupos não organizados e entidades da sociedade civil lotam aeroportos com uma belíssima avalanche de doações para seus irmãs e suas irmãs do RS.

Da mesma forma, o governo federal, liderado pelo , tomou para si a responsabilidade de articular os 3 Poderes da República, para agilizar a liberação de recursos não somente para o atendimento emergencial às pessoas e comunidades devastadas pelas , mas também para ajudar o povo do RS e o governo gaúcho a reconstruir o do Rio Grande do Sul.  

MEDIDAS DO GOVERNO FEDERAL EM APOIO AO RS

Em sua terceira viagem ao estado depois da catástrofe, nesta quarta-feira, 15 de maio,  o presidente Lula voltou ao RS para anunciar a liberação imediata de um PIX no valor de R$  5.100 reais para 240 mil famílias atingidas pelo evento climático extremo. “O benefício será destinado a uma pessoa representante da família. Não mediremos esforços para ajudar as pessoas a reconstruírem suas vidas“, declarou o presidente Lula, em uma publicação na rede social X.

Anteriormente, o Governo Federal já havia realizado três grandes anúncios em apoio ao estado. Primeiramente, destinando mais de R$ 50 bilhões em pagamento antecipados de programas sociais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e linhas de crédito para os setores produtivos que foram afetados.

No dia 11 de maio, foi publicada a Medida Provisória no valor de R$ 12,5 bilhões que abriu crédito para diversas áreas do Governo Federal, possibilitando e garantindo a atuação de diversos órgãos nas regiões afetadas pelas chuvas intensas no Rio Grande do Sul.  No dia 13,  o Governo Federal congelou a dí do Rio Grande do Sul com a União por três anos. Também foram perdoados R$ 12 bilhões referentes a juros da dívida e  R$ 11 bilhões foram liberados para a reconstrução do estado.  Confira mais informações sobre as ações do Governo Federal. 

DESTINA R$ 5,75 BILHÕES DO BANCO DOS BRICS 

Além das ações do Governo Federal, depois de se reunir com o presidente Lula, Dilma Rousseff, presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB),  o chamado Banco dos Brics, anunciou, no dia 14 de maio, que o NBB destinará R$5,7 bilhões para a reconstrução do estado. Com este reforço, o governo do RS praticamente atinge a meta preliminar de R$59 bilhões, estimada em um primeiro momento pelo governador do estado como o valor necessário  para o gigantesco esforço de reconstrução das áreas e economias afetadas pelas enchentes de 2024. 

POVO BRASILEIRO: NINGUÉM SOLTA A MÃO DE NINGUÉM

Não obstante o descaso do governador pelas doações físicas resultantes do esforço solidário de milhões de brasileiros e brasileiras, e mesmo com um volume expressivo de recursos assegurados para a reconstrução e reparação dos danos causados pela catástrofe climática, o povo gaúcho ainda precisa do nosso apoio.

Uma vez mais, ninguém pode soltar a mão de ninguémColabore e faça parte dessa rede solidária. Contribua com o que puder, da forma que puder. A título de sugestão, recomendamos duas organizações que têm uma larga de apoio às causas humanitárias em nosso país: 

Apoie o MST através do site “apoie.se” ou doações via Pix: 09352141000148, CNPJ do Instituto Brasileiro de Solidariedade, vinculado ao MST. 

Apoie a Ação e Cidadania, a organização fundada pelo Betinho, também está mobilizada em uma grande campanha para apoiar a população vítima das enchentes no Rio Grande do Sul.

Maria Letícia Marques – Redatora voluntária da . Capa: Lula visita abrigo em São Leopoldo. Foto: Ricardo Stuckert.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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