SOS Amazônia: desmatamento chegou a 62 mil km2, o equivalente a 8,4 milhões de campos de futebol
Na última década, desmatamento na Amazônia chegou a 62 mil km2, o equivalente a 8,4 milhões de campos de futebol
Ao final de cada década, a Royal Statistical Society, organização britânica fundada em 1834, faz um estudo sobre as estatísticas que representam o “zeitgeist” (termo em alemão que significa “o espírito de uma época”) dos últimos dez anos, ou seja, um número que demonstra algo muito marcante naquele período.
Há poucas semanas, a entidade anunciou o ganhador da “Estatística Internacional da Década”. Ou melhor, o número vencedor. E ele é: 8,4 milhões!
8,4 milhões de campos de futebol é o equivalente à área da Floresta Amazônica que foi desmatada desde o começo dos anos 2000. Frequentemente, a metáfora (campos de futebol) é utilizada para que os leigos tenham noção do tamanho de alguma coisa.
Em medidas tradicionais, o levantamento realizado pela organização britânica apontou que odesmatamento na Amazônia brasileira chegou a 62 mil km2.
Os números divulgados pela Royal Statistical Society tiveram como base dados e informações do monitoramento do desmatamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
“As florestas tropicais insubstituíveis como a Amazônia estão encolhendo a um ritmo alarmante e essa estatística fornece um visual muito poderoso de uma questão ambiental extremamente importante. Muito se discutiu sobre o meio ambiente nos últimos anos e o painel de juízes considerou que essa estatística era altamente eficaz na captura de um dos piores exemplos de degradação ambientalda década”, destacou Jennifer Rogers, presidente do painel de jurados e vice-presidente da entidade.
Desde 2010, quilômetros e quilômetros da Floresta Amazônica foram derrubados para dar lugar a pastos de gados, que emitem milhões de toneladas de carbono a cada ano. “Essa estatística, embora apenas forneça um instantâneo do problema, consegue fornecer uma visão da mudança dramática na paisagem que ocorreu nos últimos dez anos”, alertam os especialistas da Royal Statistical Society.
Fonte: Conexão Planeta