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Stop Food Waste Day: 24 de abril, Dia Mundial contra o Desperdício de Alimentos

Brasil participa de campanha mundial contra desperdício de alimentos

Por: Ana Maria – envolverde

Stop Food Waste Day acontece em abril em mais de 30 países, com o dia D no dia 24/4

O Brasil participa pela segunda vez da campanha internacional contra o desperdício de alimentos Stop Food Waste Day. A campanha acontece durante o mês de abril e terá seu Dia D no dia 24 de abril.

A iniciativa é idealizada pelo Grupo Compass, maior empresa de serviços de e suporte do mundo, em mais de 30 países, como Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, França, Alemanha, Espanha, Turquia, Japão e Austrália. No Brasil, a ação acontece por meio da GRSA|Compass, responsável por servir mais de um milhão de refeições por dia em todo o País. A meta global é reduzir o desperdício de alimentos em 50% até 2030 nas operações do Grupo Compass. “A proposta é conscientizar a e disseminar ações e hábitos que podem gerar resultados concretos de redução no dia a dia”, afirma o presidente da GRSA|Compass, Paulo José Soares.

Segundo dados da FAO/ONU, 1,3 bilhão de toneladas de se perdem ou são desperdiçadas por ano no mundo. Isso equivale a cerca de 1/3 de toda a comida produzida para o consumo humano. No Brasil, as famílias desperdiçam em média 353 gramas de comida por dia, ou 128,8 quilos por ano, segundo dados do Diálogos Setoriais União Europeia – Brasil. De acordo com a pesquisa, a dupla arroz e feijão, base da alimentação brasileira, está entre os mais desperdiçados, representando 38% dos alimentos jogados fora no país.

Diante desse cenário, a campanha atuará para conscientizar e engajar os consumidores e a sociedade sobre o consumo consciente de alimentos e a redução do desperdício. Uma das frentes será a ação “Seja 10 contra o desperdício”: durante 10 dias as pessoas serão estimuladas a entregar seus pratos limpos após suas refeições nos restaurantes da GRSA|Compass. A redução na quantidade de alimentos descartada será contabilizada por ferramentas internas e a meta é reduzir o desperdício em 10% no período. Além disso, a campanha vai reunir doações de alimentos para as ONGs Banco de Alimentos e Horizontal. No ano passado foram doadas 18 toneladas de alimentos que ajudaram a complementar a alimentação de 3 mil .

Entre os embaixadores da campanha estão Renato Caleffi, chef do restaurante Le Manjue, e as nutricionistas Carina Muller, Alessandra Luglio e Cynthia Antonaccio. “Queremos estimular a mudança de hábitos que podem fazer grande diferença. Aproveitar melhor os alimentos, ter uma horta em casa e planejar melhor as refeições e compras são atitudes simples do dia a dia que podem gerar um impacto muito positivo”, explica Mara Cristina Maran Baggio, nutricionista e gerente de e Qualidade da GRSA | Compass.

Sobre a GRSA|Compassalimentos 3

Com mais de 40 anos de atuação no Brasil, a GRSA faz parte do Grupo Compass – maior grupo de serviços de alimentação e suporte do mundo – e é hoje líder no mercado brasileiro de refeições coletivas, atendendo mais de 1 milhão de pessoas diariamente. Com uma equipe de mais de 30 mil profissionais no Brasil, a GRSA|Compass fornece serviços de alimentação e suporte (hotelaria, recepção, jardinagem e manutenção) para empresas, hospitais, escolas, aeroportos, terminais rodoviários, espaços de evento e entretenimento e locais remotos como mineradoras e plataformas de petróleo.alimentos 3

Sobre a Stop Food Waste Day Brasil

A campanha está em seu terceiro ano em âmbito global e o segundo no Brasil. Em 2018, mais de 30 países, como Estados Unidos, Inglaterra, Canadá, França, Alemanha, Espanha, Turquia, Japão e Austrália, promoveram ações com o objetivo de educar e potencializar a mudança em relação ao desperdício que impacta o mundo. Por meio do SFWD, o Compass Group quer chamar a atenção para o problema, criar e compartilhar soluções criativas e impactantes.

Site mundial: www.stopfoodwasteday.com

Site Brasil: www.stopfoodwasteday.com.br

Mídias sociais: @stopfoodwastedaybrasil

Fonte: http://envolverde.cartacapital.com.br/brasil-participa-de-campanha-mundial-contra-desperdicio-de-alimentos/

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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