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TATU-BOLA: O MENOR TATU DO BRASIL

Tatu-Bola: O menor tatu do Brasil

O tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), também conhecido como tatu-apara, bola, bolinha, tranquinha, ou tatu-bola-do-, a menor espécie de tatu do , é endêmico (só vive nesses locais) da e do Cerrado.

Por Mundo Educação

Com presença já registrada em 12 estados brasileiros – Bahia, Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Piauí, Mato Grosso, , Minas Gerais, Tocantins, Paraíba e Rio Grande do Norte – o bolinha, que tem hábitos noturnos e se alimenta principalmente de formigas e cupins, mede cerca de 50 cm e pesa até 1,2 kg.

O nome vem de sua capacidade de, ao se sentir ameaçado, se fechar e “virar” uma bola para proteger as partes moles de seu . O bola também se diferencia do Tolypeutes tricinctus e do T. matacus, a outra espécie do mesmo gênero, porque tem cinco unhas nas patas anteriores.

O tatu-bola, cujas fêmeas geram um ou, menos frequentemente, dois filhotes por ninhada, não escava buraco e utiliza como esconderijo tocas abandonadas, razão porque, além da fragmentação do seu habitat, torna-se mais vulnerável ao ataque de predadores e à caça humana.

O bola encontra-se na lista das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção, do Ministério do , estando criticamente ameaçada no de Minas Gerais e vulnerável no Pará.

A espécie também está enquadrada como vulnerável pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a da Natureza (2007) e pelo Vermelho da Fauna Ameaçada de , da Biodiversitas (2008). Em médio prazo, corre alto risco de extinção.

Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/tatu-bola.htm

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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