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Museus em Ouro Preto e Tiradentes fecham as portas por falta de verba 

Museus em Ouro Preto e Tiradentes fecham as portas por falta de verba 

Com a alta de recursos para manutenção, os museus ficarão fora de funcionamento por 1 mês. Entenda!

Por: André Nogueira/ aventurasnahistoria

Marcando momentos essenciais do passado de Minas Gerais e do processo de independência do , Ouro Preto e Tiradentes são importantes cidades para a histórica brasileira. Ouro Preto, por exemplo, é o maior acervo tombado em matéria de construções barrocas a céu aberto do mundo. Entretanto, dois museus da região estão em situação de risco.
De acordo com o Instituto Flávio Gutierrez, dois museus mineiros, o Sant'Ana, na cidade de Tiradentes, e o do Oratório, em Ouro Preto, terão que fechar as portas por falta de recursos. O Instituto é o atual responsável pela administração desses museus.
Em comunicado oficial, foi declarado que os museus irão permanecer fora de funcionamento desta segunda-feira (6) até o dia 5 de junho, na tentativa de arrumar formas de financiamento. A instituição também explicou que a arrecadação através de patrocínio é insuficiente para manter o funcionamento e a restauração do espaço cultural.
Essa possibilidade já era anunciada desde janeiro deste ano, quando se declarou insuficiência de patrocínio para a manutenção dos espaços. A atual gestora do Instituto, a empresária e colecionadora Ângela Gutiérrez, afirma que os museus não irão desistir em sua busca por recursos.
De acordo com Gutiérrez, parte deste isolamento econômico é consequência do esfacelamento do Ministério da Cultura no atual governo e a destruição do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) no governo anterior (Temer).
O Museu Sant'Ana foi fundado em 2014 na antiga prisão pública da Cidade de Tiradentes. O local abriga um acervo de quase 300 imagens da cidade e obras anônimas dos séculos XVII a XIX. É o único museu do gênero do país.
O Museu do Oratório foi fundado em 1998. O local era a antiga casa do escultor mineiro Aleijadinho, e mantém um vasto acervo de imagens do século XVII e XX. Além disso, também abriga um amplo acervo de 162 oratórios rococó, um importante patrimônio material da história de Minas Gerais.
Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/historia-hoje/museus-em-ouro-preto-e-tiradentes-fecharao-por-um-mes-por-falta-de-verba
Museu do Oratório
Divulgação
 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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