UM LEGADO INCONTESTÁVEL

UM LEGADO INCONTESTÁVEL 

UM LEGADO INCONTESTÁVEL 

Um grande guerreiro. Seu legado é orgulho para todos e todas nós.

 Alice Bites Leão

Grande referência na construção de um mundo possível. Legado incontestável.

Arthur Wentz e Silva 

Exemplo de luta e de coragem! Deixa imenso legado em defesa de um país justo e democrático.

 Cida Dias 

Expresso minha profunda e eterna admiração por este grande e imprescindível militante. Sua jornada como fundador e ex-presidente do PT em Goiás marcou nossas vidas com sua sabedoria e visão política. Seu legado, fundamentado nos valores de justiça e fraternidade, será sempre uma inspiração. Sentiremos muito a sua falta, mas suas ideias continuarão a nos guiar, indicando o melhor caminho para quem, como nós, luta por um mundo justo e solidário. 

Berilo Leão

Conheci Athos Pereira em 1995, quando comecei a trabalhar na Liderança do PT na Câmara dos Deputados. Aos poucos, começamos a conversar sobre o trabalho cotidiano e evoluímos para conversas mais amplas que envolviam o PT, a conjuntura nacional e internacional. Aprendi muito com ele. Athos era um leitor voraz e fazia questão de dividir suas conclusões sobre o que estava lendo. Fazia análises profundas sobre esses textos tornando suas conversas verdadeiras aulas de literatura e de política. Orientava a bancada com grande sagacidade, o que permitia uma atuação destacada do PT em plenário. Sabia como se relacionar com os deputados e com a equipe da liderança com respeito e cordialidade. Tinha o respeito de todos. Trabalhar com Athos tornava fácil desenvolver as tarefas cotidianas, pois o resultado era sempre um salto de qualidade. Ele era a alma daquela Liderança. 

Carlos Eduardo Malhado Baldijão

Athos Pereira faz parte da minha história de vida. Nos conhecemos nos primeiros anos da fundação do PT.  Juntos, trabalhamos na criação dos primeiros diretórios municipais e estadual do PT, em Goiânia e em dezenas de outras cidades do estado. Tive a honra de privar de sua amizade, de conhecer seus pais e irmãos em Porto Nacional, de modo que nossas famílias se tornaram próximas. Acompanhei o trabalho do Athos em Brasília, assessorando os primeiros deputados federais do PT, e posso testemunhar a admiração do Deputado Federal Jaques Wagner (hoje senador) pelo trabalho desenvolvido por Athos. Tenho certeza de que Athos contribuiu efetivamente para que o PT chegasse aos dias de hoje como partido de massas, que tanto contribui para democracia e para o desenvolvimento do Brasil.

Dianary Menezes, Didi 

Athos Pereira deixa um legado incontestável para o povo trabalhador do Brasil, em especial de Goiás. Iniciou sua militância muito jovem, foi exilado, voltou com o compromisso de lutar pela democracia. Fundou o PT. Foi um dos primeiros filiados do PT. Era firme, porém, sereno. Eu nunca vi o Athos Pereira alterar a voz. Foi fundamental no estabelecimento das relações de parceria entre o PT de Goiás e o PT do Distrito Federal. Construiu o PT no Entorno, junto com a Zezé Weiss e com a companheirada aqui da região. Vai fazer muita falta pra nós.  

Jacy Afonso 

Athos foi uma das primeiras pessoas que conheci quando ingressei na Assessoria Técnica da Liderança do PT, ele era o chefe de gabinete e coordenava a Liderança do maior partido de esquerda. Tive a oportunidade de compartilhar de seu grande companheirismo e amizade. Seu legado permanece em todos nós que tivemos o privilégio desse convívio. 

Jerônimo Guedes

A partida de Athos é sentida por todos nós companheiros de trabalho e de luta diária. O desprendimento de sua alma, a serenidade, o jeito de conseguir acertar as diferenças entre pessoas tão divergentes deixará saudades. Na virada dos anos 1980, a Assessoria do PT na Câmara Federal contava com um time de assessores técnicos de qualidade. Jose Pinto, Rolf Hackbart, Jose Carlos Peliano, Luiz Alberto dos Santos, Marcio Marques de Araujo, Jose Antonio Dias Toffoli, Carlos Baldijão, Laurez Cerqueira, Fabio Holanda, Carlos Zanata, Freitas Diniz, Maria Emília, Bernard Appy, além do corpo técnico da casa, do qual eu fazia parte. Na gestão do líder Jaques Wagner, Athos Pereira passou a coordenar esse corpo técnico equilibrando pensamento crítico com o posicionamento político do conjunto da bancada de parlamentares. Ao companheiro de duras batalhas que nos deixou, minha profunda gratidão. O apoio de Athos foi determinante para o nosso desempenho, reconhecido como referência na Câmara naqueles tempos. 

José Umberto de Almeida

Desde sempre, lutou por um mundo melhor. Seus atos solidários e militantes nas estradas de Goiás/Tocantins ajudaram a construir o PT. Em Brasília, por muitos anos foi esteio na construção dos ideais petistas. Ao se aposentar, mudou-se com Thais para Formosa. Veio com muita vontade, vontade de garoto, sempre pronto para, junto com a militância local, construir uma Formosa, um Goiás, um Brasil e um Mundo melhor. Alguém já disse que “as palavras comovem, as atitudes arrastam”. Athos Pereira nos chamou, convidou, convocou, puxou, arrastou. Agora encantado, nos deixa como legado os seus atos em vida, para que possamos pendurá-los em duas dimensões: Athos de amor e Athos de transformação política e social. Vivamos os atos de vida de Athos Pereira.

 Maurélio Moreira de Araújo

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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