Procura
Fechar esta caixa de pesquisa.
Zealandia

Zealandia: O misterioso continente escondido do planeta Terra

Um continente quase do tamanho de Austrália foi descoberto semana passada. Ele se encontra em grande parte submerso dentro do Pacífico e sua descoberta foi relatada no jornal da Geological Society of America. Geólogos batizaram o continente de Zealandia.

Zealandia é uma massa de de 4,5 milhões de km² que hoje está 94% subermersa no Oceano Pacífico. Somente seus pontos mais altos estão acima da superfície. Esses pontos englobam os territórios da Nova Zelândia e Nova Caledônia.

A formação geológica cumpre todos os critérios técnicos para ser considerado como um continente: elevação com relação a área que a cerca, geologia distinta, área bem definida e ter crosta mais densa do que a terra encontrada na superfície do oceano.

O artigo relatando a descoberta, “Zealandia: O Continente Escondido da Terra” foi escrito pelo geólogo nova-zelandês Nick Mortimer. Para ele, a descoberta só confirma uma teoria com a qual já trabalha há muito . “Se pudéssemos drenar os oceanos seria óbvio para todos a presença do continente–.” diz Mortimer.

Segundo Mortimer, no começo do século passado houve achados de granito e rochas de ilhas próximas à Nova Zelândia que eram indicativos de uma geologia continental. Caso o postulado em seu artigo recente seja  aceito pela comunidade científica, o novo continente será acrescentado aos futuros mapas e atlas.

Zealandia

Imagem: GSA

ANOTE AÍ:

Geólogos acreditam que a Zealandia rompeu com a massa de terra hoje conhecida como Austrália há 80 milhões de anos atrás e depois entrou para dentro do oceano. Isso teria acontecido como parte do fenômeno que rompeu o super-continente Gondwanaland. A parte submersa de Zealandia representa uma vasta área para a que possa contribuir de forma significante para a . Durante a era do gelo, uma maior parte do continente esteve acima da água do mar. Fósseis encontrados nesses pontos podem oferecer uma grande quantidade de novas informações sobre a naquele tempo da planetária.

Nenhuma tag para este post.

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

posts relacionados

REVISTA