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1 ano de Vaza Jato: como fica a suspeição de Moro?

1 ano de Vaza Jato: como fica a suspeição de Moro?

Por Comitê Lula Livre

Nesta terça-feira, 9, completa-se um ano do início do desmascaramento da Lava Jato, numa série de vazamentos de mensagens de texto trocadas por Moro e a equipe de procuradores da operação. A série, produzida inicialmente pelo The Intercept e compartilhada depois com diversos veículos de imprensa, ganhou o nome de Vaza Jato e escancarou para o mundo aquilo que Lula e sua defesa já denunciava: Moro era corrupto como juiz.

Em mensagens trocadas pelo aplicativo Telegram e mais tarde reveladas pela Vaza Jato, e possível ter certeza da trajetória escusa trilhada por Moro em sua sede por poder. Primeiro ele condenou Lula sem provas para tirá-lo da disputa presidencial. Depois, ganhou em troca um cargo de ministro no governo que ajudou a eleger. Essa conduta causou espanto até nos procuradores da Lava Jato, como mostram as mensagens. Confira nos vídeos exclusivos.

 

Crimes e erros de conduta processual ficam latentes nas escandalosas mensagens reveladas. Moro viola o sistema acusatório e se torna juiz e acusador ao mesmo tempo, algo não permitido no Direito praticado no Brasil. Ele indica provas a serem usadas e também solicita que o Ministério Público emita notas contra Lula em pleno processo eleitoral.https://lulalivre.org.br/wp-content/uploads/2020/06/VazaJato5-2.mp4

Ao longo do dia, vamos relembrar os crimes revelados pela Vaza Jato, o maior escândalo judicial dos últimos tempos no país, e que, levados em consideração pelas autoridades, deve resultar na suspeição do ex-juiz em processo que está em análise pelo Supremo Tribunal Federal (STF), através de habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente.


Fonte: Instituto Lula Livre
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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