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Beija-flores podem ser animais de estimação?

BEIJA-FLORES PODEM SER ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO?

Beija- podem ser animais de estimação

Papagaios, canários, tentilhões, e até mesmo mainás são pilares de lojas de animais e os quartos de reprodução de aficionados…

Via Einerd

No entanto, pode ser uma surpresa que alguns guardadores de pássaros ávidos mantenham beija-flores em aviários especialmente equipados.

Estes quartos de aves estão equipados com néctar, em vez de alpiste e proteína, e muitas vezes contêm uma variedade de plantas com flores para fazer os animais se sentirem mais em casa.

Alguns beija-flores exóticos podem bater suas asas mais de 50 vezes por segundo.

O metabolismo em beija-flores do Norte é especialmente alto, exigindo até três vezes seu peso corporal em néctar diário.

Não é legal manter a maioria dos beija-flores, mas plantéis podem permitir que o criador dedicado obtenha pares para um aviário.

Sugestão Xapuri: que tal plantarmos mais flores para recebermos estas lindezas todos os dias e deixá-las livres?

O que significa ver um beija-flor no jardim?

 
beija flor 2 freepik
Sabe o que significa ver um ? – Foto: Freepik/Divulgação/ND

Força e poder interior

Embora seja pequeno e aparentemente frágil, o beija-flor carrega uma simbologia poderosa de força e resiliência. Sua capacidade de voar rapidamente e realizar manobras complexas é um reflexo de sua determinação.

Para os xamãs, ele representa a habilidade de superar obstáculos, independentemente do tamanho ou dificuldade do desafio. Sua presença pode ser um sinal de que é hora de assumir o seu poder pessoal, reconhecer a sua força interior e enfrentar as adversidades com coragem.

Outro significado importante do beija-flor é o de trazer mensagens de alegria e contentamento. Sua aparência colorida e graciosa frequentemente evoca sentimentos de felicidade e leveza.

Na , a presença desse pássaro é vista como um prenúncio de momentos felizes e de alegria vindoura. Ele nos lembra de encontrar prazer nas coisas simples da vida e de valorizar os momentos de felicidade com as pessoas e o ambiente ao nosso redor.

Guardião da natureza

Na xamânica, o beija-flor é considerado um guardião da , devido à sua conexão profunda com o reino vegetal. Alimentando-se do néctar das flores, ele desempenha um papel essencial na polinização, ajudando na reprodução das plantas e no equilíbrio do ecossistema.

Símbolo de transformação e renovação

O ciclo de vida do beija-flor, que passa por diversas fases de metamorfose, é um poderoso símbolo de transformação espiritual. Ele nos ensina que as mudanças são naturais e necessárias para o nosso crescimento pessoal.

A presença de um beija-flor pode ser um lembrete de que é hora de abraçar as transformações, deixar para trás o que não serve mais e abrir espaço para novas fases em nossas vidas. Assim como o beija-flor se transforma de ovo a uma ave magnífica, nós também podemos renascer e nos reinventar continuamente.

Conexão com o mundo espiritual

Devido à sua habilidade de voar rapidamente e de maneira ágil, o beija-flor é frequentemente associado à conexão com o espiritual. Sua presença súbita, que aparece e desaparece em um piscar de olhos, é interpretada como um sinal de que mensagens e orientações estão sendo enviadas dos reinos espirituais.

Amor intenso e dedicação

O movimento constante das asas do beija-flor, enquanto ele busca o néctar das flores, é uma metáfora para a intensidade e a necessárias para cultivar relacionamentos significativos.

O beija-flor nos ensina a amar com paixão, a nos entregarmos de coração aos nossos relacionamentos e a valorizar cada momento de . Ele também nos alerta para não desperdiçarmos nossa energia com superficialidades, mas sim nos concentrarmos no que realmente importa.

 
BEIJA-FLORES PODEM SER ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO?
Você nunca mais vai ver um beija-flor da mesma forma depois de descobrir o que isso significa. – Foto: Pixabay/Divulgação/ND

Sabedoria e agilidade

Por fim, o beija-flor é um símbolo de sabedoria e agilidade. Suas habilidades únicas de voo o distinguem de outros pássaros e, na tradição xamânica, essas características estão associadas à capacidade de encontrar soluções criativas para os problemas.

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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