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Palavras difíceis e seus significados

PALAVRAS DIFÍCEIS E SEUS SIGNIFICADOS

Palavras difíceis e seus significados

Muitas pessoas têm visitado o site em busca de palavras difíceis. Não sei ao certo qual o motivo, se é por puro conhecimento ou algum desejo de usá-las para parecer culto frente a algumas situações. De qualquer forma, uma rápida pesquisa em qualquer dicionário resolve o problema de quem quer saber o significado de qualquer palavra, por mais difícil que ela pareça.

Por prof. André Gazola/Português Fácil 

Para ajudar, abaixo está uma lista com várias dessas palavras bastante incomuns do português e seus respectivos significados.

  • Admoesta – perdão, isenção, arrego, repreensão, reprimenda.
  • Alarido – confusão , algazarra , farra.
  • Alcunha – apelido.
  • Âmago – parte muito interior , cerne.
  • Ardiloso – manhoso , esperto.
  • Arroubo – entusiasmo , fervor , encanto.
  • Balbúrdia – baderna , bagunça , confusão.
  • Belicoso – que incita à guerra.
  • Besugo – pequeno peixe acantopterígio vulgar;
  • Curra – abuso sexual , estupro com a participação de várias pessoas.
  • Dilapidar – desperdiçar , estragar , destruir.
  • Dândi – que procura se vestir com elegância.
  • Engodar – mentir , enganar.
  • Fenecimento – fim , término.
  • Fugaz – passageiro , que passa rápido.
  • Fleumático – imperturbável.
  • Frugal – simples.
  • Homizio – refúgio, guarida, abrigo, esconderijo
  • Ígneo – próprio do fogo.
  • Ignóbil – sem caráter , vergonhoso.
  • ImplÍcito – escondido , não expresso , omisso.
  • Insolente – desaforado , desagradável.
  • Irrupção – entrada violenta , pancada forte.
  • Incólume – intacto.
  • Inócuo – inofensivo.
  • Jaez – tipo , categoria.
  • Janota – bem vestida.
  • Justapor – colocar perto.
  • Loquaz – falador.
  • Nódoa – sujeira , mancha. pode ser também a alcunha de uma pessoa de má fama.
  • Pachorrento – calmo , sereno , acomodado.
  • Pacóvio – imbecil , ignorante.
  • Parco – moderado , econômico , diminuto.
  • Pedante – nojento , exibido , audacioso.
  • Perdulário – que gasta mais.
  • Perene – que dura muito , imortal.
  • Permuta – troca , câmbio.
  • Pernóstico – pretensioso , esnobe.
  • Petiz – criança , adolescente.
  • Plissado – com rugas.
  • Perscrutar – vasculhar , procurar , revirar.
  • Pândego – feliz , alegre.
  • Pérfido – cruel , traidor , desgraçado.
  • Ruar – sair sem destino , andar à toa.
  • Recôndito – escondido, encoberto, secreto, oculto
  • Rubicundo – avermelhado.
  • Sumidade – personalidade importante , sábio.
  • Suscitar – fazer surgir , encorajar , provocar.
  • Tergiversar – desculpar-se.
  • Taciturno – calado.
  • Tênue – fraco , frágil.
  • Veneta – ataque , acesso de loucura.

Fonte: Bem Blogado

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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