Pesquisar
Close this search box.

Adeus, Dandy!

Adeus, Dandy!

Faleceu Dandy, o tigre-de-bengala macho do Zoológico de Brasília. Em Nota de Pesar, o Zoo informou, neste domingo, 29 de setembro, que Dandy acordou apático e, mesmo tendo sido atendido pela equipe médica do Zoológico, não resistiu. Dandy tinha 10 anos de idade.

A Nota de Pesar afirma que exames laboratoriais realizados em Dandy na quinta-feira, dia 26, para que ele pudesse doar sangue à irmã Maya, que passou por uma cirurgia para debelar uma infecção no útero na semana passada, indicou “alterações importantes que inspiravam cuidados”. O Zoológico não detalhou os problemas encontrados.

Maya, que segundo a equipe do Zoo apresenta melhora relevante em seu quadro de saúde, é agora o único anima da espécie no Zoológico de Brasília. De origem asiática, o tigre-de-bengala é um dos maiores felinos do mundo e encontra-se na lista dos animais ameaçados de extinção.

Tigre de Bengala Dandy 1

 
 
Com enorme tristeza, informamos que o nosso macho de tigre-de-bengala, o Dandy, faleceu. Foram três dias de intensos esforços de toda a equipe técnica e de voluntários especializados do Zoo.
Na última quinta-feira (26), o Dandy passou por uma inspeção clínica e coleta de sangue para exames laboratoriais e para transfusão em sua irmã, Maya. O resultado dos exames apontou para alterações importantes que inspiravam cuidados. Todos os esforços foram dedicados para buscar sua melhora clínica.
Mas, no dia de hoje (29), Dandy despertou apático não reagindo a estímulos. Foi atendido imediatamente pela equipe de especialistas e durante toda a manhã, mesmo depois de intensos esforços, não resistiu.
A causa da morte será divulgada assim que sairem os resultados dos exames histopatológicos.
A equipe do Zoológico de Brasília e todos os admiradores de sua beleza e forte personalidade estão de luto e vão se recordar com carinho de toda sua imponência.
Em relação a tigresa Maya, que passou por uma intervenção cirúrgica importante para correção de infecção abdominal grave, ela apresenta melhora relevante no quadro, apesar da extrema delicadeza e nos dá esperança de dias melhores.
Contamos com a ajuda de todos e pensamento positivo para que ela possa se recuperar deste momento difícil.

Slide 1

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

CONTRIBUA COM A REVISTA XAPURI
PIX: contato@xapuri.info

revista 115

 

Block

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Parcerias

Ads2_parceiros_CNTE
Ads2_parceiros_Bancários
Ads2_parceiros_Sertão_Cerratense
Ads2_parceiros_Brasil_Popular
Ads2_parceiros_Entorno_Sul
Ads2_parceiros_Sinpro
Ads2_parceiros_Fenae
Ads2_parceiros_Inst.Altair
Ads2_parceiros_Fetec
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

REVISTA

REVISTA 115
REVISTA 114
REVISTA 113
REVISTA 112
REVISTA 111
REVISTA 110
REVISTA 109
previous arrowprevious arrow
next arrownext arrow

CONTATO

logo xapuri

posts recentes