ÁGUA MINERAL

Água Mineral: O Parque Nacional de Brasília

Água Mineral: O Parque Nacional de

Registra a que, no princípio, o Parque Nacional de Brasília, criado em 29 de novembro de 1961, era para ser só um viveiro, um local para preparar as mudas das que arborizariam a nova Capital.

Por Eduardo Pereira

Mas daquela área às margens do Córrego Acampamento foi extraída tanta areia para construir Brasília que se formaram enormes poças d´água, e dessas poças surgiram as piscinas, que deram ao Parque o apelido carinhoso de Água Mineral. Surgiu, então, a necessidade de criação do Parque, para proteger os rios fornecedores de água potável para Brasília, incluindo as bacias dos córregos formadores da represa Santa Maria, responsável por 25% da água potável que abastece a Capital Federal; manter a vegetação local em natural; e contribuir para o equilíbrio das condições climáticas do Distrito Federal.

Com sua área de 42.389,01 hectares, cerca de 423,8 km², abrangendo as regiões administrativas de Brasília-DF, Sobradinho- F, Brazlândia-DF e o município goiano de Padre Bernardo, o Parque tornou-se um importante instrumento para a preservação dos ecossistemas locais e, por sua beleza cênica, um relevante espaço de turismo ecológico no Distrito Federal.

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Atrativos Disponíveis 

PISCINAS DE ÁGUA CORRENTE

O Parque oferece duas piscinas de água corrente, Areal e Pedreira, com água constantemente renovada pelas nascentes localizadas em seus interiores, ou próximas a elas.

TRILHAS INTERPRETATIVAS

Para quem gosta de caminhada, o Parque dispõe de duas trilhas de pequena dificuldade: 1) a Trilha da Capivara, de 1.300 m, com duração de 20 minutos, aberta ao público todos os dias, e ótima para a observação de espécies de plantas do e de Mata de Galeria; e, 2) a Trilha Cristal Água, de 5 km, com duração de cerca de 1 hora. Para um pequeno descanso e contemplação da , uma parada com sombra pode ser feita à beira do córrego Cristal Água. A trilha é aberta à visitação todos os dias, das 6h às 15h30. Nos dois casos, é importante levar uma garrafa com água e usar roupas e calçados adequados para caminhada.

CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Hospeda uma exposição interpretativa e as maquetes do Parque.

ILHA DA MEDITAÇÃO

Construída a partir do aproveitamento de uma pequena represa construída para distribuição e abastecimento de água a alguns espaços de visitação do Parque. Mesmo sendo um espaço criado pela intervenção humana, a ilha abriga grande quantidade de aves e pequenos do Cerrado.

COMO CHEGAR

O Parque Nacional de Brasília está situado no Setor Noroeste, atrás da Asa Norte, a cerca de 10 km do centro de Brasília. O acesso se dá pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento – Via EPIA – e é atendido por transporte coletivo que parte principalmente da rodoviária do Plano Piloto.

CONDICIONANTES PARA A VISITAÇÃO

Para assegurar a qualidade ambiental do Parque, há limites de carga humana para a visitação: 2.000 pessoas – quando há uma piscina disponível; 3.000 pessoas – quando as duas piscinas estão disponíveis. Atingido o limite de visitantes, o Parque permanece fechado à entrada de novos visitantes.

HORÁRIO DE VISITAÇÃO

O Parque fica aberto à visitação todos os dias, das 8h às 16h, com permanência permitida até as 17h. Para os visitantes com ingressos para entrada mensal, a entrada é permitida das 6h às 16h. Às vésperas de Natal e Ano Novo, o Parque só abre no período da manhã. Nos feriados da Paixão de Cristo, Finados, Natal, 1º de janeiro e em datas estipuladas pela Justiça Eleitoral para , o Parque é fechado à visitação.

INGRESSOS

O Parque cobra ingressos para o público em geral (R$ 26,00) e, para brasileiros ou estrangeiros residentes, oferece o Desconto (R$ 13,00). Pessoas maiores de 60 anos e com 12 anos incompletos estão isentas. Há também a opção de pagamento mensal (R$ 120,00). Exceto para mensalistas, não é permitida a compra antecipada de ingressos, e todos os pagamentos devem ser feitos em espécie.

Eduardo Pereira - @weiss_guru
Fontes: ICMBio
Wikipedia
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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