Assim é Nonô Nolêto: Vai vivendo! E vai voando!
Muito lindo este depoimento da Nonô Laurenice Noleto por ela mesma:
Vejam: já sou história!
Como Laurenice Nolêto Alves ou Nonô Noleto, meu nome é citado em matéria de 03 de abril deste ano (2023) do jornal O Popular, como jornalista que, “no final dos anos 70”, entrevistou o ator Paulo Autran.
Mas, eu acho que deve ter sido no final dos anos 60 e não 70, considerando que foi no ano de 69 que bati na porta da sala do editor chefe do jornal, o jornalista Wagner de Góis, pedindo emprego, quando estava ainda no primeiro ano do Curso de Jornalismo da UFG.
Fui a primeira mulher a trabalhar na redação de O Popular, cuja sede ainda era num prediozinho da avenida Goiás.
Eu trabalhava à noite e fazia a diagramação das páginas nacional e internacional. As notícias chegavam via “Telex”, sendo e decodificadas e editadas pelo jornalista e mestre Sérgio Paulo Moreira. Aprendi a diagramar “in loco”, com o nosso saudoso “Spadão”, que acabava de chegar a Goiás, vindo de Bauru, SP.
Mas, vez por outra, era solicitada a fazer uma pequena matéria. Lembro-me também de ter assinado um mini artigo sobre as ruas esburacadas de Goiânia, numa edição especial em comemoração ao aniversário da nossa Capital e do próprio Jornal.
Era também um marco histórico para a imprensa goiana, que via pela primeira vez um jornal sair da arcaica tipografia para uma moderna produção gráfica pelo sistema “off-set”.
Em Goiás, dentre outras redações, passei também pelos extintos “Folha de Goiáz” e semanário “Cinco de Março”.
Na TV Brasil Central – entrei em 1976, colocando no ar a primeira edição do telejornal da emissora. Depois, fui Diretora Geral daquela TV, das duas rádios e da gráfica que integram aquele complexo de comunicação.
Fiz assessorias de imprensa para instituições diversas, desde a extinta AGD – Agência Goiana de Divulgação à OAB-GO, PT-Goiânia, Grande Loja Maçônica de Goiás e o CNPq, em Brasília, dentre outros.
E, ainda, como jornalista, participei de várias campanhas eleitorais majoritárias em Goiás e no Tocantins. Enfim, a partir da morte do meu marido, o também jornalista Wilmar Alves, em 2006, deixei as redações mas continuo escrevendo aqui e acolá. Faço parte do Conselho Editorial da revista socioambiental Xapuri e escrevo histórias, agora em livros. Já são cinco editados.
Além do Jornalismo também respiro política o tempo todo: no PT, porque não abro mão dos meus direitos de sonhar e de lutar, enquanto cidadã; no Sindicato dos Jornalistas, porque navegar é preciso e, juntos, temos mais força para remar; e fazendo artevismo no Bloco Não é Não, porque ninguém pode impedir qualquer mulher de sonhar, de sorrir, cantar, de ser feliz… de voar!!!
Assim vou vivendo! E voando!