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Basta de feminicídio: Thaís Campos, Presente!

Basta de feminicídio: Thaís Campos, Presente! Nota das Mulheres do Partido dos Trabalhadores 
 
É com extrema indignação e tristeza que nós, mulheres do Partido das Trabalhadoras e Trabalhadores, lamentamos mais um caso de feminicídio no Distrito Federal, que vitimou a cirurgiã-dentista Thaís da Silva Campos, 27 anos.
Thaís foi assassinada na noite do último domingo por Osmar de Sousa Silva, quando saia do prédio onde morava e foi covardemente alvejada por vários tiros disparados por ele.
 
O feminicida de Thaís Campos está foragido. Mas é obrigação da polícia do DF localizá-lo e prendê-lo imediatamente. Assim como se faz necessário que as autoridades competentes julguem e condenem Osmar de Souza Silva, a pagar pelo crime que ele cometeu.
 
Feminicídio representa o sentimento de misoginia e menosprezo que homens sentem em relação a figura de mulher, pela simples condição de ser mulher.
 
No Distrito Federal, só no primeiro semestre deste ano, já são 15 casos de mulheres que foram vítimas desse crime misógino que vem deixando uma legião de crianças e adolescentes órfãos.
 
Lutar pelo fim do feminicídio é responsabilidade do Poder Público e de toda a sociedade, com mobilização para prevenção da contra a mulher, o cumprimento da Lei da Penha e da Lei do Feminicídio e da reflexão cotidiana sobre o sexismo e a misoginia que vitimiza inúmeras mulheres todos os anos.
 
Filha mais velha do companheiro Reinaldo Bering Severino, membro da Executiva do PT-, Thaís Campos deixa uma filhinha de dois anos.
 
Nossa solidariedade ao companheiro Reinaldo Bering e a toda sua família. Exigimos justiça para Thaís.
Thaís da Silva Campos, presente!
 
Basta de feminicídio!
 
Parem de nos matar!
 
Secretaria de Mulheres PT-DF
PT Sobradinho
PT Guará
Nós da nos somamos no protesto e na indignação. 
 
Foto de Capa: Metrópoles. Foto interna: Elas por Elas. 
 
Thais Campos elas por elas
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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