Bicentenário da (in)dependência, não há o que comemorar
Em 2022, no 7 de setembro, deveríamos comemorar a Independência do Brasil. Me vi refletindo por poucos segundos e tive certeza de que não há o que comemorar. A verdade é que vivemos a (in) dependência…
Por Iêda Leal
Um bicentenário de total falta de independência. Temos hoje aqui um país sendo jogado para dependência do povo brasileiro. Dependência de costumes e de um jogo político desonesto que acentuam atos diários que aumentam dia após dia casos de racismo em escolas, nas repartições públicas e privadas, em todos os ambientes da sociedade.
É machismo, misoginia, LGBTFobia, inúmeras formas de preconceito afirmando o que tem de pior nas manifestações para solidificar desigualdade. Não podemos comemorar a Independência se ainda temos que lutar contra a fome, a miséria; pela Educação pública de qualidade, pelo respeito dos/as trabalhadores/as em Educação de todo o país.
Como podemos comemorar, se temos hoje a cultura do ódio impregnada em tantos brasileiros que ferem os direitos das mulheres, do nosso povo negro, dos indígenas e quilombolas, de pessoas com deficiência, e promovem ataques às religiões de matriz africana.
Realmente, nesta data em que deveríamos comemorar o bicentenário da Independência, devemos fazer um exercício de autoavaliação, a começar por nós, e promover a mudança que queremos ver em nosso país e assim contagiar todos/as a nossa volta
https://xapuri.info/lei-maria-da-penha-10-anos-cumpra-se/