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Brumadinho: Minas sangra e chora

Brumadinho: Minas sangra e chora

Por Arnaldo Silva/Conheça Minas

 
É isso que as mineradoras fazem em Minas Gerais.
Retiram nosso minério, nossas riquezas, retiram a nossa natureza e agora estão retirando nossas preciosas vidas. Barragem do Fundão em Mariana. Barragem do Feijão em Brumadinho… terão mais???Deixam buracos e um vazio na terra e na vida de famílias que adoecem e morrem nas mãos das mineradoras.Até quando ficaremos calados, assistindo a agonia de nosso Estado, em nome da ganância, do desenvolvimento e da dor?
Foto: EBC
ANOTE AÍ:
 
Nota do Autor: A imagem que vemos acima [Capa] era uma montanha e deixaram em pé o apenas o pico. É o Pico do Itabirito que está situado no município de Itabirito, Minas Gerais, e possui uma altitude de 1.586 metros. Originado de um monolito sem igual no mundo, que é formado por um único bloco de hematita compacta, com alto teor de ferro, constituindo-se numa reserva de aproximadamente 94 milhões de toneladas do minério. É um patrimônio histórico natural tombado pela Constituição do Estado de Minas Gerais, promulgada em 21 de setembro de 1989. Por isso está intacto e permanecerá, mesmo com toda destruição em redor.  (A imagem acima é ilustrativa não tem autoria até o momento identificada. Assim que for identificado, os créditos da imagem serão inseridos).
 
Brumadinho Vale Metrópoles
Foto: Metrópoles

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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