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Bye, Bye, Pedro Parente!

Exatamente no dia em que completaria dois anos à frente da Petrobras, Pedro Parente, pede demissão do cargo de presidente da Petrobras. Veja a seguir a cobertura da notícia em vários meios de comunicação, o comunicado da Petrobras, a carta de demissão de Parente e a reação dos petroleiros, conforme vídeo publicado por Fernando Brito no Tijolaço.

Cai Pedro Parente, o coração do golpe –

Do 247 – O presidente da Petrobras, Parente, pediu demissão na manhã desta sexta-feira (1º), dois anos depois de tomar posse como presidente da Petrobras.

Imediatamente após a notícia, as ações da estatal entraram em leilão na B3.  De acordo com comunicado da estatal, a nomeação de um CEO interino será examinada ao longo do dia pelo Conselho de Administração.

Ainda de acordo com o comunicado, a diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração.

Parente fora 1

Cai Pedro Parente,o pior presidente da Petrobras de toda a sua história

Do site A Postagem

O comandante do caos brasileiro acaba de pedir demissão a Michel Temer, a reunião estava na agenda oficial da presidência, marcada para as 11 da manhã e não durou nem uma hora.

Com o pedido, a Bovespa registrou forte queda nas ações da Petrobras que paralisou a negociação dos papeis da empresa.

Pedro Parente já foi o homem por trás da crise do apagão, na era Fernando Henrique Cardoso, que privatizou grande parte do sistema elétrico brasileiro. À frente da Petrobras, levou o Brasil à pior crise de abastecimentos e combustíveis de sua . Vai tarde.

Pedro Parente pede demissão da presidência da Petrobras

Do Portal Vermelho – Após pressão de diversos setores da sociedade, Pedro Parente pediu demissão da presidência da Petrobras, na manhã desta sexta-feira (01).

Parente foi o responsável pelos aumentos sucessivos no preço do diesel e gasolina ao praticar uma de preços na estatal que levou a paralisação dos caminhoneiros e ao início da greve dos petroleiros. Ambos reivindicavam a redução do preço dos combustíveis e também sua saída do cargo.

Pedro Parente tomou posse como presidente da Petrobas no dia 1º de junho de 2016. Nesta sexta, ele completaria exatamente dois anos à frente da estatal.

petroleiros

Caiu Parente. Que Deus o tenha!

Do Blog do Esmael –

A política de reajustes derrubou Pedro Parente da presidência da Petrobras nesta sexta-feira (1º). O modelo de aumentos abusivos nos combustíveis vigora desde outubro de 2016, mas explodiu na greve dos caminhoneiros que durou 11 dias.

Os aumentos nos preços dos combustíveis são atrelados à variação do dólar e à cotação internacional do .

O diabo é que o trabalhador e o caminhoneiro autônomo recebem o salário em real, mas pagam pelo gás de cozinha e o diesel em dólar. Uma disparidade criminosa, portanto.

Pedro Parente [só se for parente do Tio Sam] vai tarde. Que Deus o tenha!

 

Confira abaixo o comunicado da estatal:

“A Petrobras informa que o senhor Pedro Parente pediu demissão do cargo de presidente da empresa na manhã de hoje. A nomeação de um CEO interino será examinada pelo Conselho de Administração da Petrobras ao longo do dia de hoje. A composição dos demais membros da diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração. Fatos considerados relevantes serão prontamente comunicados ao mercado”.

Veja a seguir na íntegra da carta de Parente para Temer:

“Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

Quando Vossa Excelência me estendeu o honroso convite para ser presidente da Petrobras, conversamos longamente sobre a minha visão de como poderia trabalhar para recuperar a empresa, que passava por graves dificuldades, sem aportes de capital do Tesouro, que na ocasião se mencionava ser indispensável e da ordem de dezenas de bilhões de reais. Vossa Excelência concordou inteiramente com a minha visão e me concedeu a autonomia necessária para levar a cabo tão difícil missão.

Durante o período em que fui presidente da empresa, contei com o pleno apoio de seu Conselho. A trajetória da Petrobras nesse período foi acompanhada de perto pela imprensa, pela opinião pública, e por seus investidores e acionistas. Os resultados obtidos revelam o acerto do conjunto das medidas que adotamos, que vão muito além da política de preços.

Faço um julgamento sereno de meu desempenho, e me sinto autorizado a dizer que o que prometi, foi entregue, graças ao abnegado de um time de executivos, gerentes e o apoio de uma grande parte da força de trabalho da empresa, sempre, repito, com o decidido apoio de seu Conselho.

A Petrobras é hoje uma empresa com reputação recuperada, indicadores de segurança em linha com as melhores empresas do setor, resultados financeiros muito positivos, como demonstrado pelo último resultado divulgado, dívida em franca trajetória de redução e um planejamento estratégico que tem se mostrado capaz de fazer a empresa investir de forma responsável e duradoura, gerando empregos e para o nosso país. E isso tudo sem qualquer aporte de capital do Tesouro Nacional, conforme nossa conversa inicial. Me parece, assim, que as bases de uma trajetória virtuosa para a Petrobras estão lançadas.

A greve dos caminhoneiros e suas graves consequências para a vida do País desencadearam um intenso e por vezes emocional debate sobre as origens dessa crise e colocaram a política de preços da Petrobras sob intenso questionamento. Poucos conseguem enxergar que ela reflete choques que alcançaram a economia global, com seus efeitos no País. Movimentos na cotação do petróleo e do câmbio elevaram os preços dos derivados, magnificaram as distorções de tributação no setor e levaram o governo a buscar alternativas para a solução da greve, definindo-se pela concessão de subvenção ao consumidor de diesel.

Tenho refletido muito sobre tudo o que aconteceu. Está claro, Sr. Presidente, que novas discussões serão necessárias. E, diante deste quadro fica claro que a minha permanência na presidência da Petrobras deixou de ser positiva e de contribuir para a construção das alternativas que o governo tem pela frente. Sempre procurei demonstrar, em minha trajetória na vida pública que, acima de tudo, meu compromisso é com o . Não tenho qualquer apego a cargos ou posições e não serei um empecilho para que essas alternativas sejam discutidas.

Sendo assim, por meio desta carta, apresento meu pedido de demissão do cargo de Presidente da Petrobras, em caráter irrevogável e irretratável. Coloco-me à disposição para fazer a transição pelo período necessário para aquele que vier a me substituir.

Vossa Excelência tem sido impecável na visão de gestão profissional da Petrobras. Permita-me, Sr. Presidente, registrar a minha sugestão de que, para continuar com essa histórica contribuição para a empresa — que foi nesse período gerida sem qualquer interferência política — Vossa Excelência se apoie nas regras corporativas, que tanto foram aperfeiçoadas nesses dois anos, e na contribuição do Conselho de Administração para a escolha do novo presidente da Petrobras.

A poucos brasileiros foi dada a honra de presidir a Petrobras. Tenho plena consciência disso e sou muito grato a que, por um período de dois anos, essa honra única me tenha sido conferida por Vossa Excelência.

Quero finalmente registrar o meu agradecimento ao Conselho de Administração, meus colegas da Diretoria Executiva, minha equipe de apoio direto, os demais gestores da empresa e toda força de trabalho que fazem a Petrobras ser a grande empresa que é, orgulho de todos os brasileiros.”

Respeitosamente,

Pedro Parente”

Petroleiros comemoram saída de Parente. Assista

Funcionários da Petrobras concentrados na porta da Refinaria Gabriel Passos, em Betim, comemoraram a notícia da demissão de Pedro Parente da presidência da empresa. , uma das reivindicações da categoria na greve abortada ontem, depois do acumpliciamento da Justiça ao governo, estabelecendo multas estratosféricas aos sincatos, cso a paralisação seguisse.

Como na época da ditadura, estamos chegando a um ponto em que notícias boas só se lê nos obituários “políticos”.

Aliás, para quem gostar de fúnebre, sugere-se assistir, neste momento, a programação da Globonews.

A defenestração de Parente é apenas mais um parágrafo em outro destes textos necrológicos: o de Michel Temer.

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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