Cãozinho ‘unicórnio’: Filhote com rabo ‘extra’ na testa

Filhote de cão com rabo ‘extra’ na testa é resgatado nos EUA

O cãozinho ‘unicórnio’ foi acolhido por um centro para com necessidades especiais.

Por BBC

Um filhotinho de 10 semanas com um rabo no meio da testa foi resgatado por um centro de proteção de animais no Missouri, nos .

O cachorrinho foi chamado de Narwhal, uma referência ao narval, uma baleia que aparenta ter um longo chifre saindo da cabeça (na verdade, é um de seus dentes).

Um veterinário informou aos funcionários do centro que não havia “necessidade médica” de remover o rabo extra, porque ele não causa nenhuma dor ao filhotinho.

A popularidade das fotos do pequeno Narwhal no Facebook ajudou a ampliar o alcance do feito pelo centro.

Rochelle Steffen, que administra o Mac’s Mission, nomeou o centro de resgate em a um pit-bull terrier que resgatou há sete anos e meio.

Steffen disse à BBC News que Narwhal “não sente dor e brinca o todo”.

No Facebook, Steffen contou que o pequeno Narwhal foi ao veterinário na terça-feira (12/11).

Os raios-x mostraram que seu segundo rabo, que tem um terço do tamanho do seu rabo de verdade, não está conectado a nenhum órgão interno e não tem nenhum osso — e portanto não pode ser ‘abanado’.

Narwhal ainda não está disponível para adoção porque os cuidadores do centro querem que ele cresça um pouco mais “para se certificar de que o rabo não será um problema”.

Steffen diz que Narwhal é um de centenas de cachorros abandonados na zona rural do Missouri.

O centro Mac’s Mission recebe os que têm necessidades especiais — deformidades, traumas, fissuras labiais, deficiências — e que normalmente seriam sacrificados.

“Nós damos uma chance a eles”, diz Steffen.

Fotos e vídeos de Narwhal na página do Facebook do centro tiveram dezenas de milhares de curtidas em menos de 24 horas.

Steffen diz que a divulgação do centro é toda feita de forma amadora, pelas , e que a atenção que o local vem recebendo é algo “épico”.

“É épico que tantas pessoas descubram esse resgate incrível.”

FONTE: G1

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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