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Caverna Escaroba

CAVERNA ESCAROBA: ESPETÁCULO DA NATUREZA

Caverna Escaroba: espetáculo da

Um mundo que não vê luz solar. Formas esculpidas pela natureza, espetáculo que vale a pena conhecer.” Assim se pode definir a Caverna Escaroba, uma caverna de formação rochosa calcária, com aproximadamente 200 metros de extensão, cortada por um córrego que desaparece por um sumidouro e ressurge do outro lado

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O lugar é repleto de formações espeleológicas muito bonitas, e também de muita vida, devido ao fato de o córrego que a corta levar muitas sementes e matéria orgânica, o que faz com que as plantas germinem lá dentro, mas não prosperem, devido à falta da luz do sol. A água esculpe as rochas, criando as diferentes imagens que chamam a atenção dos visitantes.

Localizada em uma propriedade particular do município de , , próxima ao povoado do Barreiro, a cerca de 54 km da Cidade, 140 km de e 430 de Goiânia, capital do Estado de Goiás, a gruta faz parte dos roteiros turísticos de Formosa e é refúgio natural para quem procura o contato com a natureza

Photo Eduardo Andreassi 0207 Small

Para se chegar à entrada da caverna, é preciso fazer uma pequena caminhada, cerca de 1 km, em meio à vegetação nativa do . Conhecida dos e das praticantes de rapel, a entrada também pode ser feita pela claraboia, uma fenda existente no teto da caverna, de aproximadamente 20 metros, que dá acesso ao seu interior.

Caverna Escaroba

CAVERNAS GOIANAS

As cavernas possuem importante função ambiental de armazenar água, sendo úteis na recarga de aquíferos, rios subterrâneos e lençóis freáticos e garantindo o abastecimento das populações. Além da pesquisa científica, essas formações naturais podem ser utilizadas para turismo, lazer, esportes e fins religiosos, gerando emprego e nas regiões em que ocorrem.

Caverna Escaroba

O Estado de Goiás possui 521 cavernas cadastradas na Sociedade Brasileira de Espeleologia, organismo não governamental que congrega grupos dedicados à pesquisa, e proteção das grutas e cavernas no País.

As cavernas de Formosa estão no Cadastro Nacional de Cavernas do (CNC), e a Caverna da Escaroba ocupa o 44° lugar entre as maiores cavernas do país. Também estão registradas a Gruta da Jabuticaba em 18° lugar, o Buraco das Andorinhas em 22° lugar e a Gruta da Ferradura em 36°.

Caverna Escaroba

INFORMAÇÕES BÁSICAS
Valor da Entrada: R$ 10,00
Horário de Visitação: das 8 às 17 horas
Visitação: Guiada

CONTATOS
AGECTur
Telefone: (61) 9848-5938
Secretaria de Turismo
Telefones: (61) 3981-1234 / (61) 9686-0142
Facebook: Secretaria de Turismo de Formosa-GO

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

revista 119

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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