CED AGROURBANO IPÊ PROMOVE ATIVIDADE AMBIENTAL DE REVEGETAÇÃO COM BOMBAS DE SEMENTES

CED AGROURBANO IPÊ PROMOVE ATIVIDADE AMBIENTAL DE REVEGETAÇÃO COM BOMBAS DE SEMENTES

CED Agrourbano Ipê promove atividade ambiental de revegetação com Bombas de Sementes

O respeito ao meio ambiente e a preocupação com a natureza têm sido levados à sério pelo Centro Educacional Agrourbano Ipê, do Riacho Fundo II, localizado no Distrito Federal. Fruto de um projeto desenvolvido pelo professor Leonardo Hatano, as Bombas de Sementes se tornaram uma ferramenta importante na recuperação do solo e de áreas devastadas.

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O projeto de germinação tem como objetivo reverter a degradação ambiental em áreas afetadas, lançando bolas de argila e húmus em locais específicos. Com a função de proteger as sementes de possíveis intempéries e do ataque de animais, as bolinhas ficam protegidas até o momento que começar a chover. A água derrete a argila e hidrata as sementes, que irão germinar. O húmus melhora as condições do solo para a fase inicial de desenvolvimento das plantas. Repleta de sementes, a bomba, ao entrar em contato com o solo, libera os grãos nas áreas afetadas. A unidade escolar promoveu no dia 11 de dezembro uma Atividade Ambiental de Revegetação na ARIE Granja do Ipê, com o lançamento de bombas de sementes. Participaram da atividade diversos estudantes do CED Agrourbano. A atividade fez parte da gincana virtual Primavera X.

A atividade de revegetação na ARIE Granja do Ipê, localizada no Riacho Fundo II, trouxe a preocupação da restauração ecológica e a promoção da biodiversidade da unidade de conservação. Foram utilizadas bombas de sementes com espécies nativas do bioma Cerrado, visando à recuperação e à preservação da vegetação nativa local, além de envolver a comunidade escolar no processo de conscientização ambiental. O processo de recuperação de áreas degradadas visa ao restabelecimento da funcionalidade de ecossistemas, comumente afetados pela ação humana, promovendo a recuperação de áreas degradadas, danificadas ou destruídas, atividade essencial para melhorar a qualidade de vida da população.

Diante da restauração na vegetação nativa, há uma redução na erosão, aumentando a fertilidade do solo, diminuindo a quantidade de sedimentos – terra e solo – que entram nos rios e auxiliando na melhora da qualidade da água como um todo. “Nesse projeto, os estudantes pesquisaram sobre a microbacia do Lago Paranoá, desde as duas nascentes próximas da escola até o Oceano Atlântico.

Nesse trajeto, aprenderam sobre os biomas percorridos e todos os problemas enfrentados por essas águas. Problemas causados pela ação humana. Tivemos conversas com especialistas e até um fundador da comunidade em que a escola se encontra. Por fim, resolvemos fazer um mutirão para semear árvores nativas nas proximidades da nascente, ajudando a preservar a qualidade da água”, finaliza o professor Leonardo.

O Sinpro-DF aproveita este espaço para divulgar projetos de escolas públicas do Distrito Federal que versam sobre a preocupação com o meio ambiente e a natureza.

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*Com informações do Instituto Brasília Ambiental

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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