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Cordel para Bernardo Élis

Cordel para Bernardo Élis

Por Gustavo Dourado

Bernardo Élis Fleury Curado
Escritor, advogado,
, contista e romancista
Do Cerrado, é grande autor
Filho de Corumbá de Goiás
Veio ao Planalto o criador

1915
Dia 15 de novembro
Um dos maiores autores
De janeiro a dezembro
Militava em prosa e verso
De outubro a setembro

Filho de Érico e de Marieta
Da Família Fleury Curado
Primeiras letras com o pai
Um poeta de bom grado
Estudo no Grupo Escolar
Na velha capital do Estado

1923
Na casa do avô materno
Retornou a Corumbá
Ao bom convívio paterno
Aplicação nos estudos
Entre o antigo e o moderno

Escreveu o primeiro conto
Aos doze anos de idade
Brotou em Bernardo Élis
O gérmen da criatividade
O conto “Assombramento”
Afonso Arinos em vitalidade

Em 1928
O ginasial no Liceu
Em Vila Boa de Goiás
Na leitura ele cresceu
Machado, Eça e modernistas
Uma boa influência recebeu

1934
Ação na literatura
Poemas, colaborações
Ampliação da leitura
Nos folhetins dos jornais
Seu despertar na cultura

1936
Em Anápolis, escrivão
Na Delegacia de Polícia
Exerceu a profissão
Com talento e vontade
Teve excelente atuação

1939
Em Corumbá, escrivão
No cartório criminal
Desempenhou a função
em sua cidade
Com ampla

Ano 1939
Vai para a nova capital
É nomeado secretário
Da Prefeitura Municipal
Foi prefeito substituto
Boa vivência funcional

Interrompeu os estudos
Para poder trabalhar
No Liceu de Goiânia
Retomou seu estudar
Com a conclusão do Clássico
Alcança um novo patamar

1942
Vai ao Rio de Janeiro
Em busca de publicação
Um escritor brasileiro
Poesia e contos na mala
Voltou para o seu terreiro

Retornou para Goiás
A revista Oeste fundou
“Nhola dos Anjos e a cheia de
Corumbá”, ele publicou
Sua carreira literária
Logo se impulsionou

1944
Contos Ermos e gerais
Na Bolsa de Publicações
Publica os originais
Recebeu os elogios
De vários críticos nacionais

Com Violeta Metran
Bernardo Élis casou
Foi um ano produtivo
Escreveu e publicou
Literatura desperta
O amor multiplicou

1945
Graduado bacharel
Na Faculdade de Direito
Com ares de menestrel
Foi o orador da turma
Exerceu um bom papel

1945
Em São Paulo Capital
Congresso de Escritores
Divulgação cultural
Mário, Aurélio e Lobato
Bom momento literal

Associação Brasileira de Escritores
Em Goiânia, a fundação
Foi eleito presidente
No Planalto da Nação
Literatura em foco
Leitura em discussão

Escola Técnica de Goiânia
Início como professor
Ingressou no magistério
Ação como educador
Dedicação ao ensino
Merece nosso louvor

1953
Congresso de Literatura
Vários cursos literários
Incentivo à leitura
Encontro de escritores
Dinamismo na cultura

1955
Edição em poesia
O Primeira chuva
Universo em fantasia
O sertão em multiverso
Goiás com sua alquimia

Dedicou-se ao magistério
No trabalho da escritura
Centro de Estudos Brasileiros
Fez pesquisa da cultura
Na UFG e na UCG
Mestre da Literatura

Palestras e conferências
Os encontros literais
São Paulo e Porto Alegre
Em Minas e outros mais
Goiás e Brasil afora
Em movimentos culturais

Desempenhou as funções
De assessor cultural
Anos 1970 e uns
Na terra do carnaval
Rio de Janeiro em pauta
Um bom momento literal

Sesquicentenário da Independência
Importante prêmio cultural
Pesquisa sobre Xavier Curado
Um destacado marechal
Que foi um dos criadores
De nosso Exército Nacional

Em 1975, ABL
A douta academia
Cadeira número 1
Deu voz à
Foi eleito e tomou posse
Bom instante de alegria

Instituto Nacional do Livro
Atuou na direção
1978/1985
Na Capital a Nação
Junto com Herberto Salles
Boa obra em construção

No Conselho Federal de Cultura
Recebeu nomeação
1986/89
Processo de discussão
Constituinte em debate
de renovação

1995
Na Fundação Cultural
Secretário de Cultura
Do Governo Estadual
Em 1997
Voltou ao imortal

O Tronco; Ermos e Gerais
Apenas um Violão
Primeira chuva, poesia
André Louco, em edição
A terra e as carabinas
Nos caminhos do sertão

Caminhos e descaminhos
Veranico de Janeiro
Os seus contos canônicos
Como era de primeiro
Pelos “Caminhos dos gerais”
Foi Anhanguera pioneiro

Os enigmas de Bartolomeu
“Chegou o governador”
“Jeca-Jica-Jica Jeca”, luz
“Goiás em sol maior”, em cor
Seleta de Bernardo Élis
Antologia de nosso autor

Inúmeros prêmios literários
Bernardo Élis recebeu
Prêmio José Lins do Rego
O Prêmio Jabuti ele mereceu
Prêmio da Fundação Cultural
Por tudo que empreendeu

Caminhos e descaminhos
Prêmio da Academia
Veranico de janeiro
Bernardo nos fantasia
Pelo conjunto da obra
Conquistou a primazia…

Gustavo Dourado

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ANOTE AÍ:
Gustavo Dourado é um dos maiores poetas e escritores de cordel do Brasil. Sua excelente e extensa produção literária pode ser encontrada em www.gustavodourado.com.br/cordel.htm.  Gustavo é também presidente da Academia de Letras de Taguatinga.
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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

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