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Datafolha mostra que brasileiros veem melhora na economia

Datafolha mostra que brasileiros veem melhora na economia

Resultados do governo Lula já são sentidos pela população. Pesquisa ainda mostra que 30% avaliam que as finanças pessoais também melhoraram

Por Murilo da Silva/Portal Vermelho

A situação econômica do país mudou? Para 35% dos brasileiros houve melhora na economia, segundo o Datafolha, divulgado no último domingo (17). O dado simboliza que o governo Lula tem alcançado os objetivos econômicos traçados e a população já sinaliza que os efeitos nas finanças têm melhorado a qualidade de vida.

Mais do que cumprir promessas de campanha, o novo governo tem trazido dignidade e a perspectiva de que, em um prazo antes do previsto, o Brasil irá recuperar um patamar de segurança social e econômica como foi vivido pelos brasileiros nos dois primeiros governos Lula.

Os sinais já foram dados: o endividamento das famílias atingiu o menor grau desde junho de 2022, o mercado tem aumentado a previsão sobre o PIB de 2023 a cada semana, os preços dos alimentos baixaram substancialmente como o da carne que caiu 9,36%, e o Brasil alcançou no segundo trimestre um PIB per capita recorde de R$ 13.087, entre outras boas notícias.

Para completar, o dado do Datafolha reverte uma perspectiva de queda, uma vez que em dezembro, já com a eleição definida, os que apontaram para uma melhora na economia nacional eram 26% e caíram para 23% em março. Ao subir consideravelmente e atingir os 35%, o Datafolha indica que este é o maior índice na série histórica desde junho de 2015, superando os 34% de outubro de 2022.

Sobre a pergunta feita “Nos últimos meses, a situação econômica do país mudou?”, outros 35% disseram que piorou e 28% que “ficou como estava”, com base nesta última averiguação.

Melhora nas finanças pessoais

Outro resultado positivo, que pode ser atribuído ao novo governo, é quanto às economias pessoais. Na pesquisa, os entrevistados ao serem questionados se a situação econômica pessoal mudou nos últimos meses, em março 23% apontaram que melhorou e agora, em setembro, este número chegou a 30%.

Entre os movimentos feitos pelo governo que ajudam este cenário consta a melhora na oferta de crédito, como a trazida pelo programa Desenrola. O programa tirou 6 milhões de endividados do cadastro negativo. Como também os efeitos do Bolsa Família na renda das famílias, em junho o benefício atingiu o seu maior valor médio: R$705.

O presidente Lula utilizou o X (antigo Twitter) para comentar os resultados:

No sentindo inverso da pesquisa, os que apontavam que a economia pessoal piorou eram 27% e caiu para 26%. Já os que indicaram que nada mudou nas finanças pessoais entre março e setembro foram de 50% para 46%.

Inflação e Poder de compra

A inflação também foi alvo de questionamento e os número entre março e setembro ficaram estáveis. Neste mês 54% acreditam que a inflação vai aumentar, 24% ficar como está e 19% que o custo de vida vai diminuir.

A pergunta sobre poder de compra trouxe equilíbrio entre os pesquisados, sendo que 32% acreditam que o poder de compra dos salários vai aumentar, 35% que vai cair e 33% que vai ficar como está.

Desemprego

Já sobre o número de desempregados, 46% avaliam que o desemprego pode aumentar, 26% que pode diminuir e os que não acreditam em mudança 27%.

No entanto, é fundamental lembrar que a taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,9% no trimestre móvel de maio a julho – uma queda de 0,6 ponto percentual em relação aos 8,5% registrados no trimestre de fevereiro a abril – menor patamar em 9 anos

A pesquisa Datafolha foi feita com 2.016 pessoas em 139 cidades pelo Brasil, nos dias 12 e 13 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Fonte: Portal Vermelho Capa: Tânia Rêgo/Agência Brasil


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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