Diz-se que todo ato revolucionário é um ato de amor: este é um ato de amor!

Diz-se que todo ato revolucionário é um ato de : este é um ato de amor!

Por Tupac

Diz-se que todo ato revolucionário é um ato de amor
E este é um ato de amor
Todo o poder ao
Eu disse que o P é de poder, de A para a ação
O NT, porque agora é o momento para fazê-lo
Veja o H é para o coração, e E para o efeito
Os R mantenha-o no fim do respeito
Quem sou eu?
A pantera
Quem sou eu? A pantera
Quem sou eu? A pantera
O que eu tenho Eu tenho , o que eu tenho Eu tenho amor
O que eu tenho eu tenho orgulho, o que eu quero ser LIVRE
Levante suas mãos no ar se você se sentir como eu
Quem sou eu? A pantera
Quem sou eu? A pantera
O que eu tenho Eu tenho alma, o que eu tenho Eu tenho amor
O que eu tenho eu tenho orgulho, o que eu quero ser LIVRE
Levante suas mãos no ar se você se sentir como eu
Você pode ver o orgulho na pantera
Como ele brilha em esplendor e graça?
Mesmo com obstáculos colocados
No caminho da evolução de sua raça?
Você pode ver o orgulho na pantera
Como ela alimenta seus filhos, sozinho?
A semente deve crescer, não obstante
Do fato de que é plantada na pedra
Você não pode ver o orgulho dos panteras
Como eles unificam, como uma?
A flor desabrocha com brilho
E supera os raios do sol
Suplanta, como o sol
Brilha como o sol
Brilha como o sol
Traz a luz, como o sol
P é de poder, de A para a ação
O NT, porque agora é o momento para fazê-lo
Veja o H é para o coração, e E para o efeito
Os R mantenha-o no fim do respeito
Quem sou eu?
A pantera
Quem sou eu? A pantera
Quem sou eu? A pantera
O que eu tenho Eu tenho alma, o que eu tenho Eu tenho amor
O que eu tenho eu tenho orgulho, o que eu quero ser LIVRE
Levante suas mãos no ar se você se sentir como eu…
Esta é dedicada a todos aqueles que vivem e morrem para a
Panteras, filhos dos Panteras, ou todos aqueles que se esforçam para
Mentes livres, almas livres, corpos livres ..
E o amor .. amor .. o amor é o motor da

Fonte: Pensador

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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