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Drag Queen Ruth Venceremos se filia ao PT

Drag Queen Ruth Venceremos se filia ao PT e anuncia pré-candidatura a deputada federal por Brasília 

Por Redação/PT Nacional, com informações do Metrópoles 

Ativista pelos direitos humanos e da população LGBTQIA+, a drag queen Ruth Venceremos se filiou ao Partido dos Trabalhadores (PT) nesta quarta-feira (1º) e anunciou sua candidatura a deputada federal pelo Distrito Federal.

O evento contou com a participação da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, que comemorou a filiação ao partido.

 

secretária Nacional LGBT do PT, Janaína Oliveira, destaca que o partido ganhou mais um nome na linha de frente da política partidária pelos direitos humanos e que é o Congresso Nacional precisa investir nos movimentos sociais.

“Precisamos construir uma bancada forte para o Congresso Nacional. O PT entendeu que era preciso se renovar para continuar a ser um partido de referência nos movimentos sociais. Tanto que desde 2018 tem ocorrido financiamento para as candidaturas LGBTI+. E isso, é um reflexo do projeto Nossas Cores, que oferece uma plataforma que tem como objetivo recolocar os LGBTI+ do PT como protagonistas de sua história de luta e recolocar o partido na vanguarda dos debates progressistas”, ressalta.

Janaína enfatiza ainda que é importante oferecer espaços de comunicação, de formação e protagonismo no debate político, não apenas sobre diversidade sexual e identidade de gênero, mas também em temas prementes da nossa sociedade.

“Para a Secretaria Nacional LGBT do PT é uma honra ter Ruth Venceremos nesta caminhada de um projeto político no qual nós LGBTI+ assumimos o protagonismo do debate sobre diversidade e suas intersecções”.

Trajetória política iniciou no MST

Ruth tem trajetória política no Movimento Sem Terra (MST) desde os 13 anos de idade e integra, atualmente, a coordenação nacional de educação da entidade. Também é diretora do coletivo artístico Distrito Drag, fundado em Brasília, para difundir a cultura da comunidade LGBTQIA+ e de direitos humanos.

A drag queen ressalta que o Congresso Nacional tem pouca representatividade LGBT e que vai disputar a Câmara Federal para atuar na defesa da democracia, alvo de ataques de Bolsonaro.

“Como pessoa negra e LGBTQIA+, percebo que somos excluídos dos processos de decisão sobre os rumos do Brasil. E isso é uma demonstração dos que, historicamente, mantêm o controle econômico e político do Brasil, que nos querem ver longe do poder para que sigamos relegados à marginalização social”, disse.

 

 

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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