Cachorros sabem quando você está com medo
O cheiro do corpo denuncia, mas não é isso o que provoca um eventual ataque: segundo a veterinária Joice Peruzzi, a postura da pessoa pode ser interpretada como agressiva
Considerados os melhores amigos do homem e, muitas vezes, tidos como membros da família, os cachorros são animais muito inteligentes. Estudos mostram que eles conseguem distinguir quando uma pessoa está feliz ou triste e que utilizam expressões — orelhas parcialmente caídas, olhar de coitado e rabo entre as patas — como forma de comunicação.
Como evitar um ataque
Segundo a veterinária, apesar do Brasil não ter estatísticas específicas sobre o assunto, a maioria dos casos de ataques ocorrem em casa, envolvendo cachorros domésticos e os próprios donos ou visitantes. Em 2019, o Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre registrou 1.731 atendimentos por mordidas de cães — uma média de quatro por dia.
- Sinais afiliativos ou de relaxamento: é o “sinal verde”, manifestado quando o cão está tranquilo com a nossa aproximação. Exemplo: estar com orelhas relaxadas, abanar o rabo de forma contente, se aproximar voluntariamente, entre outras.
- Sinais de apaziguamento, medo ou estresse: é o “sinal amarelo”. Requer atenção e o correto é não seguir se aproximando para que o cão não entenda que precisa atacar. Exemplo: virar o olhar ou o rosto, lamber lábios, bocejar, levantar uma das patas da frente, colar as orelhas para trás na cabeça, tentar sair de perto, abaixar o rabo ou colocá-lo entre as pernas, tremer.
- Sinais agressivos: é o “sinal vermelho”, manifestado quando já ultrapassamos o limite de aproximação. Exemplo: mostrar os dentes, eriçar os pelos do pescoço, colocar as orelhas para frente, enrugar a testa.
O que fazer se for atacado
Fonte: Gaúcha ZH