Educação Ambiental, necessária para a sustentação da vida
A temática da Educação Ambiental surgiu no início dos anos 1970, logo depois da Conferência de Estocolmo, que aconteceu em 1972. Em 1975, foi publicada a Carta de Belgrado, propondo a Educação Ambiental nas escolas dos países signatários da Carta
Por Iolanda Rocha
No Brasil, o Plano Nacional de Educação Ambiental só foi elaborado em 1999. Os Planos Estaduais vieram um pouco mais tarde. O Plano Distrital de Educação Ambiental – PDEA do Distrito Federal, por exemplo, é de 2006.
Em se tratando de Educação Ambiental, alguns avanços foram conquistados nas escolas públicas do Distrito Federal, incluindo o Currículo em Movimento, pensado pela comunidade escolar em plenárias de discussões coletivas, e aprovado pela Secretaria de Educação. Entre os eixos transversais temáticos estão Educação para Direitos Humanos, Diversidade e Sustentabilidade.
Embora a Sustentabilidade devesse estar presente em todas as disciplinas como eixo transversal, ainda falta muito para que todas as escolas do Distrito Federal desenvolvam projetos interdisciplinares para esses estudos. Apesar da falta de incentivo do Estado, algumas escolas desenvolvem projetos relacionados com a temática.
Dentre essas, o CEF Boa Esperança em Ceilândia desenvolve o Festival Eco Esperança, criado para fomentar a discussão da necessidade de proteção do bioma Cerrado e da preservação e cuidados com o Planeta Terra.
A Escola Classe Lajes da Jiboia, também na CRE de Ceilândia, definiu para o ano de 2023 o projeto interdisciplinar Escola, Comunidade, Vida e Futuro no Cerrado.
A Escola Classe 303 de Samambaia já desenvolveu inúmeros projetos como o Planeta Terra, Nossa Casa Comum e, por último, o projeto Minha Moda é Sustentável.
Há mais de 20 anos, o Centro de Ensino Médio de Taguatinga Norte trabalha a conscientização dos alunos e das alunas com projetos voltados para preservação do bioma Cerrado.
Percebe-se, entretanto, a necessidade de mais apoio por parte da Secretaria de Educação do Distrito Federal. Importante ressaltar que em 2022 foi promulgada a Lei 7.053, que inclui a Semana do Cerrado no calendário letivo das escolas do Distrito Federal.
Por outro lado, várias parcerias fortalecem o esforço das escolas.
Com a colaboração da Professora Rosângela Corrêa, da Faculdade de Educação da UNB, pode-se contar também com o Museu do Cerrado, que abriga um excelente arquivo ecopedagógico sobre o bioma Cerrado. Um potencial instrumento de formação de professores e de informações para toda a sociedade.
Várias escolas desenvolvem projetos com esta finalidade, e a Revista Xapuri, em parceria com o SINPRO/DF, divulga essas iniciativas na sua edição mensal.
O SINPRO/DF há tempos abraçou essa causa e, cada vez mais intensamente, vem protagonizando a luta pela formação continuada na área da Educação para a Sustentabilidade, e disponibiliza um espaço para formação e vivências dentro do bioma Cerrado: o Espaço Educador Chico Mendes e o Espaço de Convivência Caliandra, assim como várias trilhas e piscinas de águas correntes facilitam a convivência ecológica na Chácara do Professor. Vale uma visita!
Iolanda Rocha – Ambientalista. Professora. Membro do Conselho Editorial da Revista Xapuri