Em tempo de carne cara que tal a dieta flexitariana?
Conheça a dieta flexitariana, ideal para reduzir a carne no menu
Por: Redação
Também conhecida como semivegetarianismo, prática pode até mesmo levar ao vegetarianismo ou ao veganismo – mas aos poucos
A ideia consiste em abolir o consumo de carne em apenas algumas refeições durante a semana. É possível, por exemplo, aderir ao movimentoSegunda sem Carne e, gradualmente, estender esse prazo a outros dias da semana.
Para estimular, invista em receitas deliciosas sem carne. Se você come fora, a dica é frequentar restaurantes vegetarianos, especialistas em pratos diferentes e saborosos. Agora, se suas refeições são feitas em casa, arrume um tempinho para conseguir empregar ingredientes naturais e pesquise em livros ou na internet as receitas que mais agradam seu paladar.
Vegetarianismo flexível
Mesmo após a redução considerável do consumo, ainda é possível comer pequenas porções de carne vermelha ou mesmo carnes brancas, como reza o semivegetarianismo. É como aquela história de beber um drinque socialmente: a dieta flexitariana permite que você vá a um jantar com amigos e coma o que todos estão comendo.
Além de diminuir o consumo de proteína animal, o flexitariano também passa a se preocupar com métodos de produção de alimentos mais sustentáveis e menos cruéis.
“Os flexitarianos pesam 15% menos, têm uma taxa mais baixa de doenças cardíacas, diabetes e câncer e vivem 3,6 anos a mais do que seus colegas carnívoros”, garante em seu site Dawn Jackson Blatner, porta-voz da entidade American Dietetic Association e autora do livro “The Flexitarian Diet” (em português, “A Dieta Flexitariana”).
Cuidados
Vale apenas o lembrete: embora a dieta flexitariana possa até mesmo turbinar a ingestão de fibras, devido ao maior consumo de vegetais, o acompanhamento profissional na hora de mudar a alimentação é essencial. Médicos ou nutricionistas podem direcionar a dieta para que nenhum nutriente falte em seu prato.
“O flexitarianismo propõe um equilibro alimentar, combinando os benefícios de dietas onívoras com vegetarianas, proporcionando uma maior estabilidade nutricional, assim evitando carências e doses elevadas dos nutrientes que podem ser prejudiciais à saúde”, afirma estudo conduzido na Universidade Federal de Pernambuco. “Atua como um método alimentar menos prejudicial ao meio ambiente”, conclui, ainda, a pesquisa.
Observados os cuidados, ainda dá tempo de diminuir neste ano o consumo de carne, caso você queira. Quem sabe com um churrasco de vegetais no fim do ano?
Fonte: HSI e Catraca Livre
Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.
Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário.
Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também. Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, ele escolheu (eu queria verde-floresta).
Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Já voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir.
Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. A próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.
Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar cada conselheiro/a pessoalmente (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.
Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo.
Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.
Outras 19 edições e cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você queria, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.
Zezé Weiss
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