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Em tempo de carne cara que tal a dieta flexitariana?

Em de carne cara que tal a dieta flexitariana?

Conheça a dieta flexitariana, ideal para reduzir a carne no menu

Por: Redação

Também conhecida como semivegetarianismo, prática pode até mesmo levar ao vegetarianismo ou ao veganismo – mas aos poucos

Você é do tipo que admira os vegetarianos, mas não se vê sem um bifinho ou um churrasco de vez em quando? Então, este assunto pode ser de seu interesse. Há um estilo de , chamado de dieta flexitariana, que pode servir como uma transição entre sua rotina alimentar e o vegetarianismo.
Também conhecida como semivegetarianismo, essa prática que une os termos “flexível” e “vegetariana” pode ajudar quem deseja chegar ao vegetarianismo ou mesmo ao veganismo — mas aos poucos. As motivações são variadas: contribuir com os animais e o meio ambiente, melhorar a de alguma forma ou mesmo cortar gastos.
A ideia consiste em abolir o consumo de carne em apenas algumas refeições durante a semana. É possível, por exemplo, aderir ao movimentoSegunda sem Carne e, gradualmente, estender esse prazo a outros dias da semana.
Para estimular, invista em deliciosas sem carne. Se você come fora, a dica é frequentar restaurantes vegetarianos, especialistas em pratos diferentes e saborosos. Agora, se suas refeições são feitas em casa, arrume um tempinho para conseguir empregar ingredientes naturais e pesquise em livros ou na internet as receitas que mais agradam seu paladar.

Vegetarianismo flexível

Mesmo após a redução considerável do consumo, ainda é possível comer pequenas porções de carne vermelha ou mesmo carnes brancas, como reza o semivegetarianismo. É como aquela de beber um drinque socialmente: a dieta flexitariana permite que você vá a um jantar com amigos e coma o que todos estão comendo.

A American Dialect Society até mesmo considerou o termo “flexitariano” como uma das palavras mais úteis de 2003, e definiu-a como “um vegetariano que ocasionalmente come carne”.
Além de diminuir o consumo de proteína , o flexitariano também passa a se preocupar com métodos de produção de alimentos mais sustentáveis e menos cruéis.
“Os flexitarianos pesam 15% menos, têm uma taxa mais baixa de cardíacas, diabetes e câncer e vivem 3,6 anos a mais do que seus colegas carnívoros”, garante em seu site Dawn Jackson Blatner, porta-voz da entidade American Dietetic Association e autora do  “The Flexitarian Diet” (em português, “A Dieta Flexitariana”).
Cuidados
Vale apenas o lembrete: embora a dieta flexitariana possa até mesmo turbinar a ingestão de fibras, devido ao maior consumo de vegetais, o acompanhamento profissional na hora de mudar a alimentação é essencial. Médicos ou nutricionistas podem direcionar a dieta para que nenhum nutriente falte em seu prato.
“O flexitarianismo propõe um equilibro alimentar, combinando os benefícios de dietas onívoras com vegetarianas, proporcionando uma maior estabilidade nutricional, assim evitando carências e doses elevadas dos nutrientes que podem ser prejudiciais à saúde”, afirma  conduzido na Federal de Pernambuco. “Atua como um método alimentar menos prejudicial ao meio ambiente”, conclui, ainda, a pesquisa.
Observados os cuidados, ainda dá tempo de diminuir neste ano o consumo de carne, caso você queira. Quem sabe com um churrasco de vegetais no fim do ano?

Fonte: HSI e Catraca Livre

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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