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Emmanuel Macron, presidente da França, sobre o fogo que devasta a Amazônia: “Crise Internacional”

Emmanuel Macron, presidente da França, sobre o que devasta a : “ Internacional”

Devastação da Amazônia é “crise internacional” e precisa ser discutida pelo G-7, diz presidente da França

Cresce a reação à devastação da Amazônia, patrocinada por Jair Bolsonaro; nesta quinta-feira, o presidente da França, Emmanuel Macron, classificou o aumento dos casos de incêndios como “crise internacional”; “Nossa casa está queimando. Literalmente. É uma crise internacional”, disse Macron, que pediu discussão pelo países do G-7 sobre o tema

Do Brasil 247 O presidente da França, Emmanuel Macron, se manifestou nesta quarta-feira, 22, sobre a devastação da Floresta Amazônia com o aumento dos casos de incêndios, estimulados pelo presidente Jair Bolsonaro.

“Nossa casa está queimando. Literalmente. A – os pulmões que produzem 20% do oxigênio do nosso – está em chamas. É uma crise internacional”, escxreveu Macron pelo Twitter.

Macron pediu que os membros do G7 se reúnam para discutir o que classificiou como “emergência”.

Desde  o início de 2018, o Inpe, responsável por monitorar os focos de   no país, detectou mais de 72 mil pontos, especialmente em Mato  Grosso, Pará, Rondônia e . O número representa aumento de 83%  em relação ao mesmo período em 2018.

Também nesta quinta-feira, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Gueterres, reforçou o apelo por mobilização internacional. ”Não podemos permitir mais danos a uma fonte importante de oxigênio e ”, declarou Guterres.

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Emmanuel Macron

@EmmanuelMacron

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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