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Frango

Frango biológico: Um alimento mais saudável e sustentável

Frango biológico: Um alimento mais saudável e sustentável

Na Europa, cresce a demanda pelo frango criado de forma mais natural.

O frango biológico é criado em campos de agricultura biológica e alimentado com produtos biológicos. Tem um sabor original, com grande valor nutritivo. Em Portugal usam a raça Lusitana, ao ar livre. Mesclam 75% de raça comercial e 25% de autóctone como a preta portuguesa e raça amarela. O pinto tem que chegar no máximo com três dias e durante três meses bica e come ração biológica elaborada no próprio sítio. Entre as exigências para certificar, não se pode ter mais de 580 frangos/ha.

Se você gosta do mundo rural, já tem ou tem acesso a alguns hectares, pode produzir milho biológico e com pouco capital constrói uns abrigos e adquire pintos e ração. Tenha seis abrigos em madeira, delimitados e sem qualquer tipo de contato entre eles. É para evitar a propagação de doenças. Os abrigos servem para colocar as galinhas à noite, livres de predadores. Elas bicam no campo de dia. A ração biológica é cara, vem do Sul. É raro encontrar um matadouro artesanal, biológico. É preciso, junto com outros produtores, obter a autorização para um matadouro artesanal. Mas é rentável.

O frango bio é mais caro pois cresce em três meses, enquanto o outro cresce num mês. A ração à base de granulado de cereais e soja, e a água é tratada. O frango biológico custa o triplo do outro. Mas é sa-bo-ro-so!

Famílias devem juntar-se para promover o frango de excelência embalado a vácuo para lojas e restaurantes gourmet. Uma marca bem soante no Norte da Europa cria valor e concorre com as importações da Turquia. A melhor forma de lá chegar é pelas páginas das associações gourmet e feiras bio daqueles países. Na Alemanha, Holanda e Suécia há muitos restaurantes bio onde pode vender. Há vários distribuidores na França e em Rotterdam. Nos EEUU a rede CHIPLOTLE, de comida tipo mexicana, com 1800 lojas e US$46bi de faturação, prefere esse frango.

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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