Genocídio Manauara: Justiça e Revolta
A poesia também é denúncia e indignação. E é dessa forma que podemos ler este poema “Genocídio Manauara”: tristes, desconsolados com este desgoverno. Entretanto, esperançosos de que vai passar, de que teremos Vacina e mais: solidários ao povo manauara.
Por Daniela Versieux
Manaus escolheu o Capiroto:
foi maioria na população
Venceu a ideia de acabar
com os imigrantes e a imigração
Não queriam venezuelanos
(nuestros hermanos)
no país de “bons cidadãos”
Depois veio a pandemia
e atingiu como um rojão
caos, desesperança
medo e corrupção
O Brasil em choque
e o desgoverno sem ação
Manauaras abrindo covas
enterrando em profusão
Era só a primeira onda
tinha mais, preste atenção!
Da mesma forma que veio
foi embora o furacão
vida quase normal
passou o susto, a confusão
fim de ano chegando…
pesou mais a solidão
a gente queria se abraçar
compartilhar, em comunhão
O governador genocida
(que seus gastos não explica)
liberou geral a confraternização
suspendeu o lockdown
pra agradar a população
beneficiou comerciante
trouxe lucro pro patrão
Os infectologistas
(e demais cientistas)
já conheciam aquela canção
faziam, em triste coro,
a repetida premonição:
essa história
não acaba bem, não!
Casos aumentando
cemitérios em lotação
doentes transportados
pra outros estados, de avião
a segunda onda repetiu
o funesto refrão
mas foi pior,
um estrago sem noção
acabou o oxigênio!
foi negada a respiração!
Doentes morrendo,
e o Ministro do Capitão
“grande estrategista”
não moveu um cunhão
pra fornecer o ar vital
e vencer a danação
Segue o plano genocida
única explicação
pra tamanha incompetência
ao conduzir nossa nação!
Pra acabar esse enredo
e desapertar o coração
(até o próximo ato
do presidente charlatão)
A vizinha Venezuela,
sempre de prontidão,
com sua política solidária
estendeu a sua mão
ofereceu oxigênio
pra salvar os brasileiros, seus irmãos!
(15/01/2021)