Greenwald: “Impensável” em qualquer outro país

Greenwald: conluio na Lava Jato seria “impensável” em outro país

Por Redação

“Nada que eu li sobre Moro e o relacionamento com procuradores da Lava Jato… nada disso é normal em outros países, como e Europa. Isso é impensável”, afirmou o jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept, em audiência no Senado nesta quinta-feira (11)
Em audiência no Senado, nesta quinta-feira (11), o jornalista Glenn Greenwald, editor do site The Intercept, afirmou ser “impensável” acontecer em outro país como Estados Unidos ou no continente europeu o conluio entre e procuradores da Operação Lava Jato.
“Nada que eu li sobre Moro e o relacionamento com procuradores da Lava Jato… nada disso é normal em outros países, como Estados Unidos e Europa. Isso é impensável”, disse.

 

Segundo o jornalista, Moro e o procurador Deltan Dallagnol “fizeram coisas boas”, mas isso não significa que “tenham o direito de abusar do poder que eles tinham”. “A imagem de Moro construída nos últimos cinco anos está caindo. As coisas injustas são muito fáceis de entender. É grave mesmo”.
O jornalista reforçou a veracidade dos diálogos que vêm sendo revelados pelo Intercept . “Moro sabe que o material é autêntico. Ele sabe que ele não pode negar. Usam insinuações de que o material não é autentico e os procuradores sabem que é autentico”, complementou.
Segundo o jornalista, o arquivo sobre as irregularidades da Lava Jato “é maior em tamanho do que os arquivos sobre Snowden”.
Através do jornal britânico The Guardian, Greenwald revelou, em parceria com Edward Snowden, a existência dos programas secretos de vigilância global dos Estados Unidos, efetuados pela sua Agência de Segurnaça Global.
Greenwald disse que ainda não está sendo investigado pela PF. “Ninguém da PF me procurou. Não sei se estão investigando. Não tenho indício de que estão investigando, também não tenho medo. (Uma investigação seria) ameaça à e à imprensa livre”.

Fonte: Brasil 247

Salve! Pra você que chegou até aqui, nossa gratidão! Agradecemos especialmente porque sua parceria fortalece  este nosso veículo de independente, dedicado a garantir um espaço de pra quem não tem  vez nem voz neste nosso injusto de diferenças e desigualdades. Você pode apoiar nosso comprando um produto na nossa Loja Xapuri  ou fazendo uma doação de qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Contamos com você! P.S. Segue nosso WhatsApp: 61 9 99611193, caso você queira falar conosco a qualquer hora, a qualquer dia.GRATIDÃO!

loja Xapuri camisetas

 

E-Book Por Um Mundo Sem Veneno

COMPRE AQUI

Capa Venenos para site 300x300 px 1 1

 

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

REVISTA