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Índia: Um milhão de pessoas plantam 220 milhões de árvores em um dia

Índia: Um milhão de pessoas plantam 220 milhões de árvores em um dia

Por Mônica Nunes/ Conexão Planeta

A Índia tem 1,3 bilhão de habitantes e seu rápido processo de industrialização tem dificultado a adoção de politicas de  sustentável. Mesmo assim, seu governo é um dos mais comprometidos com a contra o  e as , pelo menos no que tange à mitigação por meio da plantação de árvores. Querem plantar cinco milhões de hectares até 2030, o que representa cerca de um terço de seu território (de ). E está firme em sua campanha para atender a esse propósito.

Na último dia 8 de agosto, mais de um milhão de indianos plantou 220 milhões de árvores atendendo a seu chamado no de Uttar Pradesh, o mais mais populoso do país.

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Estudantes, autoridades, legisladores e cidadãos comuns se uniram para plantar dezenas de espécies de mudas – sendo 16, de frutas – ao longo de estradas, trilhas e florestas no norte desse estado, de acordo com informações divulgadas pelo secretário florestal, Bivhas Ranjan.

Eos indianos começaram logo de manhã cedo e, às 17h, já tinham alcançado a meta. Plantaram 220 milhões de árvores – “uma para cada habitante”, segundo o ministro-chefe do Estado, Yogi Adityanath – em 1.430.381 lugares, incluindo 60 mil vilarejos e 83 mil espaços em florestas. Um recorde!!!

Boa parte dos estudantes cabulou aula para poder participar da ação. Este foi o caso da menina Kavya Sharma, de 7 anos, que deixou de ir à , em Lucknow, capital do estado. Ela plantou duas mudas em uma .

O porta-voz do governo estadual, Awanish Awasthi, disse que todo o processo pode ser acompanhado online. Os espaços são geo-marcados e as mudas têm código QR. “Assim, sabemos quantas mudas foram plantadas e onde”. A adoção deste sistema se deve à preocupação do governo sobre a sobrevivência das árvores, a longo prazo. Geralmente, 60% da mudas sobrevive porque muitas delas sucumbe às intempéries, e falta de água, mas, como este projeto tem por objetivo mitigar os impactos das mudanças climáticas, a preocupação é muito maior.

Plantar árvores virou uma obsessão dos indianos. Se você navegar por sites e , encontrará inúmeras iniciativas. A última grande campanha em Uttar Pradesh foi realizada em junho de 2016, quando foram 50 milhões de mudas em um dia. Foi um recorde batido por outro estado, logo em seguida: Madhya Pradesh plantou 65 milhões de mudas às margens do rio Narmada (foto abaixo), também em 12 horas. Agora, Uttar ficou à frente no ranking indiano novamente, com 220 milhões de. muda nesse período de tempo também.

Fonte: Conexão Planeta

 

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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