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Lula e Petro discutem sobre Amazônia neste sábado em Letícia, na Colômbia

Lula e Petro discutem sobre Amazônia neste sábado em Letícia, na Colômbia

O presidente do Brasil e da Colômbia ainda terão agenda bilateral para tratar sobre comércio, investimento e de cooperação em matéria de defesa e de segurança

Por Iram Alfaia/Portal Vermelho

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estará neste sábado (8) em Letícia (Colômbia), cidade gêmea da brasileira Tabatinga, no Amazonas, no encerramento da Reunião Técnico-Científica da Amazônia, organizada pelo governo colombiano.

Lula e o presidente daquele país, Gustavo Petro, terão agenda bilateral para tratar de outros assuntos com ênfase nos temas de comércio e de investimentos e de cooperação em matéria de defesa e de segurança, entre outros.

“O Brasil retomou recentemente, a convite, sua participação como país na Mesa de Diálogos de Paz entre o governo colombiano e o Exército de Libertação Nacional. Na esfera comercial, Brasil e Colômbia registraram intercâmbio recorde em 2022, superior a US$ 7,4 bilhões”, diz nota do Palácio do Planalto.

Na reunião sobre Amazônia, estão em debates diversos temas relacionados à região com especialistas, pesquisadores, representantes dos povos indígenas e da sociedade civil, assim como de entidades que prestam cooperação internacional da região. Os resultados desses encontros serão apresentados aos dois presidentes.

Na cidade colombiana, estão em curso negociações entre os oito países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) sobre declaração conjunta a ser adotada por ocasião da Cúpula da Amazônia – IV Reunião dos Presidentes dos Estados Partes no Tratado de Cooperação Amazônica, que será organizada pelo governo brasileiro em Belém do Pará, em 8 e 9 de agosto próximo.

De acordo com o governo brasileiro, o documento compreenderá ambiciosa agenda regional em favor do desenvolvimento sustentável da Amazônia, com proteção do bioma amazônico, inclusão social, fomento de ciência, tecnologia e inovação, estímulo à bioeconomia e valorização dos povos indígenas e seus conhecimentos tradicionais.

“A atuação conjunta dos países que compartilham o bioma amazônico é fundamental para o enfrentamento dos múltiplos desafios na região”, diz.

Com informações da Presidência da República

Fonte: Portal Vermelho Capa:Ricardo Stuckert/PR


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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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