Maioria do povo brasileiro (64%) quer armas proibidas porque representam ameaça à vida, mostra Datafolha

Datafolha mostra o que os brasileiros pensam sobre segurança pública

Sobre armas, 64% dos entrevistados responderam que a posse de armas deve ser proibida porque representa ameaça à vida de outras pessoas.

Por Jornal Nacional

Em relação à polícia brasileira, 51% disseram que têm mais medo do que confiança; 47% responderam que têm mais confiança do que medo; 2% não souberam opinar.

Policiais deveriam ter mais para atirar em suspeitos mesmo que isso possa atingir inocentes? Segundo a pesquisa, 81% dos entrevistados disseram que discordam totalmente, ou em parte, que policiais deveriam ter mais liberdade para atirar em suspeitos, mesmo que isso possa atingir inocentes; 17% responderam que concordam totalmente, ou em parte; 1% não soube opinar.

Polícia deveria ter permissão para matar em legítima defesa? A pesquisa mostra que 72% disseram que concordam totalmente, ou em parte, que a polícia deveria ter permissão para matar em legítima defesa; 25% responderam que discordam totalmente ou em parte; 2% não souberam opinar.

A seria mais segura se os policiais matassem mais suspeitos de ? Foram 68% os que afirmaram que discordam totalmente, ou em parte, que a sociedade seria mais segura se os policiais matassem mais suspeitos de crimes; 29% disseram que concordam totalmente, ou em parte; 3% não souberam opinar.

A sociedade brasileira seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da ? Segundo o Datafolha, 72% dos entrevistados responderam que discordam em parte ou totalmente, que a sociedade brasileira seria mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da violência; 26% disseram que concordam totalmente, ou em parte; 2% não souberam opinar.

O Datafolha entrevistou 2.086 pessoas na terça (2) e na quarta-feira (3) da semana passada. A probabilidade de os resultados retratarem a realidade é de 95% e a margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/04/11/datafolha-mostra-o-que-os-brasileiros-pensam-sobre-seguranca-publica.ghtml? Ilustração de capa: Portinari – chorando (1947) – Reprodução


Datafolha divulga pesquisa com a avaliação dos brasileiros sobre segurança públicaDatafolha divulga pesquisa com a avaliação dos brasileiros sobre segurança pública

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UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

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