Mandela: ONU celebra dia internacional ao herói em seu centenário de nascimento

Mandela: ONU celebra dia internacional ao herói em seu centenário de nascimento

A homenagem celebra a luta por liberdade, justiça e , no dia de nascimento de Mandela

Dia 18 de julho é comemorado o Dia Internacional Nelson Mandela, data marcada no calendário pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 2009, quando o ex-presidente da África do Sul ainda era vivo. A homenagem celebra a luta por liberdade, justiça e democracia, no dia de nascimento de Mandela, que faria 100 anos, caso estivesse vivo nesta terça, 18 de julho.

Num dia de saudosismo, quase 100 organizações civis sul-africanas vão se reunir na Rhema Bible College para bolar estratégias para derrubar do atual presidente, Jacob Zuma, envolvido em escândalos de corrupção até o pescoço — para pudesse concorrer ao cargo, a Justiça engavetou mais de 700 acusações contra ele. Na mais recente, ele teria usado 16 milhões de dólares dos cofres públicos para fazer uma reforma em sua casa. O presidente, que já está há oito anos no cargo, se mantém no poder por ter maioria no Congresso, o que garante que os pedidos de impeachment contra ele não vão para frente.

‘Madiba’”, apelido carinhoso pelo qual era chamado Mandela. O ex-presidente é considerado o líder político mais importante que o país já teve, por ter sido um dos principais responsáveis pelo fim do apartheid e pela instituição da democracia sul-africana, e foi congratulado com um Nobel da Paz.

Em meio a um cenário político conturbado, a África do Sul também tem sofrido na economia, afetada pela queda no preço das commodities, por uma das piores secas de sua e pela baixa capacidade de atrair investimentos, num ambiente de incertezas. De 2011 até agora, o PIB do país perdeu 30% do valor. Não chegou a 300 bilhões de dólares em 2016 e foi superado por Nigéria e Egito. O país de Mandela luta para se manter na posição de economia – e de democracia – mais forte do continente africano.


[smartslider3 slider=25]


A conferência, intitulada “O da África do Sul”, foi articulada pelas organizações Save South Africa e Ahmed Kathrada Foundation, por acreditarem que “nunca houve momento mais importante para resgatar os valores de

‘Madiba’”, apelido carinhoso pelo qual era chamado Mandela. O ex-presidente é considerado o líder político mais importante que o país já teve, por ter sido um dos principais responsáveis pelo fim do apartheid e pela instituição da democracia sul-africana, e foi congratulado com um Nobel da Paz.

Em meio a um cenário político conturbado, a África do Sul também tem sofrido na economia, afetada pela queda no preço das commodities, por uma das piores secas de sua história e pela baixa capacidade de atrair investimentos, num ambiente de incertezas. De 2011 até agora, o PIB do país perdeu 30% do valor. Não chegou a 300 bilhões de dólares em 2016 e foi superado por Nigéria e Egito. O país de Mandela luta para se manter na posição de economia – e de democracia – mais forte do continente africano.

Celebra-se neste 18 de julho o Dia Internacional Nelson Mandela, que este ano recorda o 100º aniversário do nascimento do líder sul-africano e vencedor do Prêmio Nobel da Paz. No Twitter, o Papa Francisco recordou a data com a seguinte mensagem: “ nos convida a construir juntos a civilização do amor nas situações em que vivemos todos os dias”.

Em mensagem para a ocasião, o secretário-geral da ONU, António Guterres, diz que Mandela “foi um grande defensor global da justiça e da igualdade” e que “continua a inspirar o com seu exemplo de coragem e compaixão”.

O caminho a seguir
António Guterres lembra que o ex-presidente da África do Sul “foi mantido em cativeiro por muitos anos”, mas que “nunca se tornou prisioneiro de seu passado”. Em vez disso, Mandela “colocou sua energia na reconciliação e em sua visão de uma África do Sul pacífica, multiétnica e democrática”.

O secretário-geral diz que este dia serve para comemorar “uma inteira de serviço” e que “raramente uma pessoa na História fez tanto para estimular os das pessoas e movê-las para a ação”. Guterres acredita que essa luta pela igualdade, dignidade e justiça continua. Segundo ele, o de Madiba, como o líder ficou conhecido, mostra o caminho a seguir.

Celebração
Este ano, a Fundação Nelson Mandela dedica o Dia à ação contra a . Segundo a fundação, o objetivo é “honrar a liderança e devoção de Nelson Mandela no combate à pobreza e na promoção de justiça social para todos”.

Na sede da ONU, em Nova Iorque, uma exposição destaca as principais contribuições de Mandela para a paz e , direitos humanos e desenvolvimento sustentável. A exposição foi inaugurada em 9 de julho e pode ser visitada até 2 de setembro. A ONU também emitiu um selo em homenagem ao centenário de Mandela.

Estabelecido em 2009 pela Assembleia Geral, este Dia convida todos a fazerem a diferença nas suas comunidades. A ONU diz que o centenário é “uma ocasião para refletir na sua vida e legado, e para seguir a sua chamada para tornar o mundo um lugar melhor”.

O povo no coração
Passados cinco anos de sua morte, Madiba permanece vivo sobretudo na memória das pessoas que o conheceram, como George Johannes, embaixador da África do Sul junto à Santa Sé. “A sua herança é o testemunho de que não importa quanto seja desesperadora ou difícil uma situação. Se há determinação e vontade, é possível dialogar e chegar a uma solução. Nós chamamos isso de ‘efeito Mandela’”, declarou o embaixador ao Vatican News.

O diplomata recorda Nelson Mandela com afeto. “Ele foi um dos primeiros a dizer: deem metade do meu salário aos pobres. Um dia, estávamos juntos no carro e eu pedi para ver suas mãos, endurecidas pelos anos de trabalho forçado quebrando pedras em Robben Island. E ele me disse: ‘Se você se tornar um político, deve ter sempre o povo no coração’.

Fonte: Exame  Com informações do VaticanNews –  Edição Xapuri


[smartslider3 slider=29]

Deixe seu comentário

UMA REVISTA PRA CHAMAR DE NOSSA

Era novembro de 2014. Primeiro fim de semana. Plena campanha da Dilma. Fim de tarde na RPPN dele, a Linda Serra dos Topázios. Jaime e eu começamos a conversar sobre a falta que fazia termos acesso a um veículo independente e democrático de informação.

Resolvemos fundar o nosso. Um espaço não comercial, de resistência. Mais um trabalho de militância, voluntário, por suposto. Jaime propôs um jornal; eu, uma revista. O nome eu escolhi (ele queria Bacurau). Dividimos as tarefas. A capa ficou com ele, a linha editorial também.

Correr atrás da grana ficou por minha conta. A paleta de cores, depois de larga prosa, Jaime fechou questão – “nossas cores vão ser o vermelho e o amarelo, porque revista tem que ter cor de luta, cor vibrante” (eu queria verde-floresta). Na paz, acabei enfiando um branco.

Fizemos a primeira edição da Xapuri lá mesmo, na Reserva, em uma noite. Optamos por centrar na pauta socioambiental. Nossa primeira capa foi sobre os povos indígenas isolados do Acre: ‘Isolados, Bravos, Livres: Um Brasil Indígena por Conhecer”. Depois de tudo pronto, Jaime inventou de fazer uma outra boneca, “porque toda revista tem que ter número zero”.

Dessa vez finquei pé, ficamos com a capa indígena. Voltei pra Brasília com a boneca praticamente pronta e com a missão de dar um jeito de imprimir. Nos dias seguintes, o Jaime veio pra Formosa, pra convencer minha irmã Lúcia a revisar a revista, “de grátis”. Com a primeira revista impressa, a próxima tarefa foi montar o Conselho Editorial.

Jaime fez questão de visitar, explicar o projeto e convidar pessoalmente cada conselheiro e cada conselheira (até a doença agravar, nos seus últimos meses de vida, nunca abriu mão dessa tarefa). Daqui rumamos pra Goiânia, para convidar o arqueólogo Altair Sales Barbosa, nosso primeiro conselheiro. “O mais sabido de nóis,” segundo o Jaime.

Trilhamos uma linda jornada. Em 80 meses, Jaime fez questão de decidir, mensalmente, o tema da capa e, quase sempre, escrever ele mesmo. Às vezes, ligava pra falar da ótima ideia que teve, às vezes sumia e, no dia certo, lá vinha o texto pronto, impecável.

Na sexta-feira, 9 de julho, quando preparávamos a Xapuri 81, pela primeira vez em sete anos, ele me pediu para cuidar de tudo. Foi uma conversa triste, ele estava agoniado com os rumos da doença e com a tragédia que o Brasil enfrentava. Não falamos em morte, mas eu sabia que era o fim.

Hoje, cá estamos nós, sem as capas do Jaime, sem as pautas do Jaime, sem o linguajar do Jaime, sem o jaimês da Xapuri, mas na labuta, firmes na resistência. Mês sim, mês sim de novo, como você sonhava, Jaiminho, carcamos porva e, enfim, chegamos à nossa edição número 100. E, depois da Xapuri 100, como era desejo seu, a gente segue esperneando.

Fica tranquilo, camarada, que por aqui tá tudo direitim.

Zezé Weiss

P.S. Você que nos lê pode fortalecer nossa Revista fazendo uma assinatura: www.xapuri.info/assine ou doando qualquer valor pelo PIX: contato@xapuri.info. Gratidão!

PARCERIAS

CONTATO

logo xapuri

REVISTA